A fibromialgia é uma doença marcada por dores musculoesqueléticas difusas de longa evolução e não inflamatória. Os sintomas da doença incluem ainda cansaço excessivo, palpitação, distúrbios do sono, dificuldades de concentração, alterações intestinais, depressão, entre outros.
Suas causas ainda são pouco compreendidas e ao que tudo indica se trata de uma patologia multifatorial. Nesse sentido, surge a questão que deu origem a este artigo: a fibromialgia é hereditária?
Um estudo realizado em 2004 demonstrou que pacientes que possuíam histórico familiar para a doença apresentam um risco 8 vezes maior de desenvolver a condição. Contudo, outros fatores também foram relacionados a doença, como desequilíbrios hormonais e autoimunes, traumas, etc.
Saiba mais sobre a fibromialgia: Fibromialgia – causas, sintomas e tratamentos.
Continue a leitura e descubra como andam as pesquisas em relação ao caráter hereditário da fibromialgia.
O que é uma doença hereditária?
Doenças hereditárias são um conjunto de doenças que podem ser transmitidas de pais para filhos. Não necessariamente haverá manifestação de tais patologias em algum momento da vida.
Você certamente conhece bem alguns exemplos de doenças hereditárias, podemos citar: diabetes, hemofilia, hipertensão, obesidade e alergias.
É essencial fazermos algumas diferenciações aqui.
Doenças genéticas e hereditárias não são a mesma coisa. As genéticas são causadas por mutação genética, o que pode ser causado por estresse, má alimentação, infecções, radiações, etc.
Nesse caso, há modificação ou dano direto ao DNA, o que dá origem a patologia. As doenças hereditárias podem fazer parte da genética familiar.
Assim, algumas doenças podem ser genéticas e hereditárias, como acontece com o câncer. O câncer é um problema genético, pois tem origem em alterações diretas ao DNA, causadas, por exemplo, pelo excesso de exposição ao sol, como acontece nos cânceres de pele.
Por outro lado, a doença apresenta ainda um importante caráter hereditário, já que de 5 a 10% dos casos de câncer são herdados.
Por último, precisamos também distinguir doença hereditária de doença congênita. Essa última é adquirida com o nascimento e se manifesta desde esse momento. Geralmente é produzida por um transtorno durante o desenvolvimento embrionário ou durante o parto.
A fibromialgia pode ser hereditária
Infelizmente ainda não há uma definição concreta a respeito do tema. A discussão sobre se a fibromialgia é hereditária ainda permanece viva.
Contudo, com base nas pesquisas realizadas até então, ao que tudo indica, a doença não é hereditária, pelo menos não em seu sentido mais clássico, não como é o caso da fibrose cística e hemofilia, por exemplo.
Diversos estudos demonstram que há maiores chances de desenvolvimento de fibromialgia em famílias de pessoas já diagnosticadas do que em famílias onde ninguém é portador da doença. Tais observações sugerem a hereditariedade como um fator causal para o problema.
Análises de DNA de familiares de pessoas com fibromialgia identificaram um número de genes que poderia explicar o motivo pelo qual o transtorno parece funcionar em famílias. Cada um dos genes desempenha um papel na resposta do sistema nervoso a agressões.
Assim, fica clara a diferenciação entre o sentido clássico e a fibromialgia. No padrão mais comum um único gene é responsável pelo traço, que recebe o nome de monogênico, é o que acontece com a cor dos olhos azuis.
O caso da fibromialgia é denominado poligênico, os genes do indivíduo podem predispor à doença, porém de forma mais complexa, através da combinação de muitos genes.
Vamos entender melhor essa questão a seguir.
Monogênica X Poligênica: Qual é a diferença?
Na doença hereditária clássica os genes que você recebe dos seus pais são o principal fator determinante para o desenvolvimento de uma doença.
É o que acontece no caso da fibrose cística. Se os pais são portadores da doença o filho tem 25% de chances de desenvolve-la.
Quando falamos de doenças hereditárias poligênicas a análise não é tão simples. A manifestação da doença irá acontecer se uma combinação de genes estiver sob certas condições.
Assim, pode-se dizer que há maior risco para esses indivíduos do que para pessoas onde ninguém na família foi diagnosticado com uma patologia, mas não é uma certeza, afinal, outros fatores estão em jogo para que a doença possa vir a ser desencadeada.
No caso da fibromialgia, tais fatores podem incluir:
- Outras fontes de dor crônica
- Doença auto-imune
- Distúrbios do sono
- Estresse crônico
- Doença infecciosa
- Química cerebral anormal
- Exposição à toxinas
- Sensibilidades alimentares
Conclusão
Embora não seja possível afirmar com certeza, ao que tudo indica a fibromialgia é hereditária, no entanto, o seu caráter é poligênico, como vimos ao longo deste artigo.
Assim, a doença pode ocorrer em famílias, sendo o seu histórico familiar para a doença fator de risco para o seu desenvolvimento. O risco aumenta para quem possui um parente de primeiro grau, pai, mãe, irmão, irmã ou filho, com a doença.
Porém, é importante lembrar que, apesar dos genes aumentarem o risco para o problema, fatores ambientais também devem ser considerados.
Em todo caso, diante da suspeita de fibromialgia, ou mesmo do diagnóstico de um familiar próximo com a doença, consulte o seu médico.
A identificação dessa patologia é um processo complexo, já que não há nenhum exame específico que permite sua confirmação. O diagnóstico considerará seu histórico médico e familiar, e principalmente dores generalizadas no corpo e em áreas específicas tipicamente afetadas pela fibromialgia, a exemplo da parte de trás da cabeça, cotovelos, joelhos, quadris, ombros, costas e parte superior do tórax.
Como uma doença crônica, a fibromialgia não tem cura definitiva. Mas isso não significa que não é possível obter qualidade de vida. Existem diversos recursos terapêuticos capazes de minimizar os sintomas da doença e resguardar o bem-estar do fibromiálgico.
Leia mais sobre a fibromialgia, seus sintomas e tratamentos aqui.
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