Dismenorréia
Dismenorreia, ou cólicas menstruais, consiste em cãibras originárias no útero imediatamente antes ou durante a menstruação. Podem ser primárias (sem qualquer patologia orgânica) ou secundário (associada a uma condição patológica, tal como a endometriose ou cistos nos ovários). A dor geralmente dura entre 8 e 72 horas.
As adolescentes são mais propensas do que as mulheres mais velhas de ter dismenorreia primária porque a condição pode melhorar com a idade.
A dismenorreia secundária tende a ser menos comum em adolescentes, pois o aparecimento de condições causais pode não ter acontecido ainda. As estimativas sugerem que cerca de 25-50% das mulheres adultas e cerca de 75% das adolescentes sentem dor durante a menstruação e 5-20% sentem uma dor grave que as impedem de prosseguir com suas atividades habituais. Quanto maior a duração média da menstruação, mais grave a dismenorreia.
Além disso, menarca precoce e tabagismo têm sido associadas também com a dismenorreia.
O tratamento convencional tem o objetivo de aliviar a dor e inclui anti-inflamatórios não esteroidais, a pílula anticoncepcional oral, acetato de depo-medroxiprogesterona, dispositivo intra-uterino liberador de levonorgestrel, danazol e leuprolide acetato[1]Woo HL, Ji HR, Pak YK, Lee H, Heo SJ, Lee JM, Park KS. The efficacy and safety of acupuncture in women with primary dysmenorrhea: A systematic review and meta-analysis. Medicine. 2018 Jun;97(23)..
O Papel da Inflamação na Fisiopatologia da Dismenorreia Primária
A dismenorreia primária, mais conhecida entre as mulheres como cólica menstrual, é um fenômeno complexo que engloba uma série de reações fisiológicas onde a inflamação possui um papel central. O processo menstrual é um ciclo de mudanças hormonais reguladas pelo eixo hipotálamo-pituitária-ovário, que culminam na complexa interação entre a descida dos níveis hormonais e a consequente inflamação do endométrio.
Essa fase inflamatória é caracterizada pela liberação de mediadores pró-inflamatórios, como prostaglandinas e citocinas, que contribuem para os sintomas dolorosos da dismenorreia.
Como a acupuntura pode ajudar
Recentes revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados (ECR) constataram que tanto a acupuntura e acupressão são eficazes para a dismenorreia primária, fornecendo significativamente mais alívio da dor do que os tratamentos farmacológicos[2]Witt CM, Reinhold T, Brinkhaus B, Roll S, Jena S, Willich SN. Acupuncture in patients with dysmenorrhea: a randomized study on clinical effectiveness and cost-effectiveness in usual care. American … Continue reading.
As comparações da acupuntura com a acupuntura sham trouxeram resultados variáveis e não houve uma diferença significativa na comparação geral. Isto é consistente com o ponto de vista que os controles sham são intervenções ativas, não placebos, fornecendo resultados não confiáveis que podem subestimar os efeitos da acupuntura[3]Zhang F, Sun M, Han S, Shen X, Luo Y, Zhong D, Zhou X, Liang F, Jin R. Acupuncture for primary dysmenorrhea: an overview of systematic reviews. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. … Continue reading.
Duas revisões sistemáticas anteriores identificaram a escassez de ensaios de alta qualidade sobre a acupuntura para dismenorreia e assim não poderiam tirar conclusões definitivas. Desde então, tem havido mais ensaios clínicos randomizados, especialmente na China, daí as conclusões mais fortes em 2010.
A evidência mais convincente vem de um ensaio alemão de alta qualidade que também mostrou que a acupuntura é rentável. Para outras condições ginecológicas a base de investigação é escassa. Por exemplo, uma revisão sistemática de ensaios sobre a acupuntura para miomas não encontrou provas que encaixam seus critérios de inclusão.
A acupuntura pode ajudar a reduzir os sintomas de dismenorreia por:
- Regular as atividades neuroendócrinas e a expressão do receptor dependente do eixo hipotálamo-hipófise-ovário;
- Aumento dos níveis de óxido nítrico que relaxa o músculo liso e, consequentemente, pode inibir as contrações uterinas;
- Aumentar o relaxamento e redução da tensão. Acupuntura pode alterar a química hormonal do cérebro, reduzindo os níveis de serotonina e aumentando endorfinas e os níveis de Y neuropeptídios, que podem ajudar a combater os estados afetivos negativos;
- Estimulando nervos localizados nos músculos e outros tecidos, o que leva à liberação de endorfina e outros fatores neuro-humorais e altera o tratamento de dor no cérebro e na medula espinal;
- Redução da inflamação, através da promoção da liberação de indicadores vasculares e imunomoduladores.
AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica
Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP
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Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.
Al. Jaú 687 – São Paulo – SP
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Referências Bibliográficas
↑1 | Woo HL, Ji HR, Pak YK, Lee H, Heo SJ, Lee JM, Park KS. The efficacy and safety of acupuncture in women with primary dysmenorrhea: A systematic review and meta-analysis. Medicine. 2018 Jun;97(23). |
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↑2 | Witt CM, Reinhold T, Brinkhaus B, Roll S, Jena S, Willich SN. Acupuncture in patients with dysmenorrhea: a randomized study on clinical effectiveness and cost-effectiveness in usual care. American journal of obstetrics and gynecology. 2008 Feb 1;198(2):166-e1. |
↑3 | Zhang F, Sun M, Han S, Shen X, Luo Y, Zhong D, Zhou X, Liang F, Jin R. Acupuncture for primary dysmenorrhea: an overview of systematic reviews. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2018 Nov 21;2018. |