Um estudo publicado na conceituada revista científica JAMA encontrou que a acupuntura pode ajudar a reduzir um efeito adverso comum de um tratamento contra o câncer de mama.
Um estudo publicado na JAMA (Journal of American Medical Academy), em 10 de julho de 2018, feita por pesquisadores americanos, avaliou 226 mulheres na pós-menopausa, em 11 hospitais americanos, que foram submetidas a tratamento com inibidores de aromatase e receberam sessões de acupuntura para alívio de dores articulares.
Inibidores de aromatase são comumente usados no tratamento do câncer de mama sensível a hormônios. Embora eficazes, eles produzem efeitos colaterais desagradáveis que incluem artralgias ou dor e rigidez nas articulações.
Ocorrendo em cerca de metade de todas as pessoas que tomam inibidores da aromatase, a artralgia pode ser grave o suficiente para fazer com que algumas pessoas abandonem o tratamento. Encontrar uma maneira de minimizar o desconforto ajuda as mulheres a tolerar esses medicamentos, e melhorar as taxas de sobrevivência a longo prazo.
Desenho do estudo
Os participantes foram divididos em três grupos: acupuntura, acupuntura simulada e controle. O grupo sham acupuntura recebeu um tratamento muito semelhante à acupuntura, mas as agulhas eram mais finas e inseridas menos profundamente na pele. Além disso, eles foram inseridos em pontos de não-acupuntura.
Aqueles nos dois grupos de acupuntura receberam duas sessões por semana durante 6 semanas, depois uma sessão por semana durante as 6 semanas seguintes. O grupo controle não recebeu intervenções.
Após 12 semanas, os escores médios de dor do grupo de acupuntura ainda eram significativamente melhores que os dos outros dois grupos. Medidas de intensidade da dor e pior rigidez também foram significativamente melhores para o grupo de acupuntura.
Segundo o Dr. Marcus Yu Bin Pai, “o estudo foi importante pois foi um trabalho em vários hospitais, com uma boa quantidade de pacientes, e encontrou que a associação da acupuntura pode ser benéfica para estes pacientes que sofrem destas dores de difícil tratamento”.
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Artigo publicado no Journal of American Medical Association
