Qual a relação entre cefaleia e Covid-19? Que muitas das pessoas que sofrem com a doença apresentam o sintoma, você provavelmente já sabe.
As dores de cabeça latejantes podem continuar por semanas ou até meses após uma infecção pelo COVID-19, com dor recorrente e diária, com episódios de melhora ou piora.
Estudos mostram que cerca de 10% dos pacientes com Covid-19 apresentam dor de cabeça, e que o aumento da prevalência de cefaleia após a pandemia passa para algo em torno de 60% (taxa que previamente se aproximava dos 25%).
Mas, por que será isso acontece? O objetivo deste artigo é explicar essa relação. Continue a leitura e saiba mais.
Sintomas comuns da Covid-19
A Covid-19 é uma doença viral que afeta o sistema respiratório. Seus sintomas variam entre um resfriado e a Síndrome respiratória aguda, um problema mais grave. Veja alguns exemplos:
- Tosse e coriza;
- Febre;
- Dor de garganta;
- Perda de olfato e de paladar;
- Náusea, vômitos e diarreia;
- Cansaço;
- Falta de ar;
- Cefaleia.
Presença de cefaleia em casos de Covid-19
A cefaleia não é a única manifestação neurológica relacionada à Covid-19, podemos citar ainda outros exemplos como acidente vascular cerebral e encefalite, contudo, é provavelmente a mais frequente.
Dores de cabeça de início recente, prolongadas e refratárias à medicação são observadas nesses pacientes.
De acordo com uma publicação do News Medical Life Sciences, pelo menos 80% das pessoas infectadas que sofriam com o sintoma antes da doença relatam mudanças no quadro, outros 50% dizem que as apresentações se tornaram completamente diferentes.
Em geral, segundo a mesma fonte, a cefaleia era descrita como suave a moderada na maioria dos vezes, sendo raramente considerada severa.
Esses casos estavam associados ao ambiente hospitalar, a dores de cabeça bilaterais, com duração de 72 horas e resistentes a analgésicos.
O início da cefaleia em pacientes com Covid-19 geralmente tem relação com a própria infecção ou com as medicações utilizadas no tratamento.
Características da cefaleia em paciente com Covid-19
Ainda temos poucos detalhes sobre os quadros de cefaleia apresentados por pacientes com Covid-19, contudo, algumas características são frequentes:
- Dor bilateral, pulsátil ou em pressão;
- De intensidade moderada a forte;
- Piora quando o paciente inclina-se para frente;
- De localização temporoparietal, frontal, periorbital ou sobre os seios paranasais;
- Com início súbito ou gradual;
- Resistente aos analgésicos;
- Com alta taxa de recidivas, limitada à fase ativa da Covid-19.
Além disso, a cefaleia pode vir acompanhada de enjoos, náuseas e sensibilidade à luz ou barulho, sintomas similares àqueles vistos em pessoas que sofrem com enxaqueca crônica.
Um estudo publicado no jornal Cephalagia demonstrou uma predominância de dor de cabeças em pacientes com perda do gosto e do cheiro, também uma maior prevalência do sintoma em pessoas mais jovens. Por último, e não menos interessante, a presença do sintoma também foi associada a uma duração mais curta da doença.
Qual a relação entre cefaleia e Covid-19?
Não se sabe ao certo até então quais são os mecanismos da cefaleia em relação à Covid-19. Entretanto, alguns fatores já foram associados, dentre eles:
- Invasão direta das terminações do nervo trigêmeo na cavidade nasal pelo SARS-CoV-2;
- Comprometimento inflamatório do endotélio vascular associado ao SARS-CoV-2 levando à ativação de fibras do nervo trigeminal;
- Liberação de mediadores e citocinas pro-inflamatórias capazes de ativar terminações trigeminais perivasculares durante a infecção.
Porém, todas as hipóteses ainda carecem de confirmação definitiva.
Cefaleia também é sinal de alerta para Covid-19
Apesar de ainda não ser compreendida por completo a relação cefaleia e Covid-19, sabe-se que o sintoma é uma das manifestações neurológicas que liga o alerta para a doença.
Como proceder em caso de dor de cabeça durante a pandemia Covid-19?
O Pronto Socorro ainda é um potencial foco de infecções para Covid-19, por isso, nem sempre recorrer ao atendimento de emergência é a melhor escolha para quem sofre com dor de cabeça e suspeita de Covid.
A Sociedade Brasileira de Cefaleia, orienta:
“Em caso de um episódio de cefaleia com claros sinais de alarme, o atendimento médico imediato poderá ser necessário. Entretanto, pacientes que sofrem com dores recorrentes, mesmo com sintomas incapacitantes, como náuseas, devem seguir as orientações do seu médico para tratamento medicamentoso das crises, preferencialmente em suas casas.
Vale ressaltar que, em decorrência da necessidade de isolamento, e para não deixar desamparado o paciente que tem uma demanda de saúde não emergencial, o Ministério da Saúde regulamentou excepcionalmente a realização de consultas via TELEMEDICINA. Por este meio, o médico poderá dar orientações necessárias e indicar a urgência de uma avaliação presencial imediata em um Pronto Socorro ou a realização de exames.”
Cefaleia parece ser o sintoma persistente mais comum entre os recuperados da Covid-19
A cefaleia aparentemente continua sendo um problema para pessoas infectadas mesmo depois da fase aguda da doença, sendo um dos seus principais sintomas persistentes, juntamente com fadiga, sonolência, alteração de memória e perda de olfato.
Um estudo em andamento na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) avaliou 80 pessoas que já tiveram a doença e cerca de 30% dos recuperados ainda se queixavam de dor de cabeça e fadiga. Em geral, somente 5% dos participantes dizem estar com a saúde como era antes da infecção.
Clarissa Lin Yasuda, neurologista que lidera a pesquisa, explica que o Sars-CoV-2 tem mais afinidade para atacar o sistema nervoso central do que os outros coronavírus conhecidos. Contudo, por se tratar de uma doença relativamente nova, não há como afirmar até quando tais sintomas permanecerão.
De qualquer forma, a especialista destaca a importância do acompanhamento médico nesses casos para evitar a piora do quadro, o abuso de remédios ou mesmo que a dor se torne crônica.
Enfim, apesar de não termos respostas tão claras a respeito da relação entre cefaleia e Covid-19, chama a atenção a prevalência e as características desse sintoma nos pacientes infectados, que apontam não só a necessidade de criar protocolos de triagem que contribuam para a identificação de pacientes, como também de ficarmos de olho nesse sintoma como mais um sinal de alerta para a doença que tanto aterroriza o mundo.
AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
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