A costocondrite, muitas vezes chamada de síndrome de Tietze, é causa comum de dor no peito em crianças e adolescentes, sendo responsável por 10% a 30% das queixas de dor torácica em pessoas jovens.
Além disso, mulheres com mais de 40 anos fazem parte do grupo de maior prevalência. Dentre os sintomas do problema, podemos citar, além da dor, o excesso de sensibilidade e edema local.
As opções de tratamento incluem o uso de anti-inflamatórios, mudanças de hábitos e, em alguns casos, injeções de corticosteróides.
Apesar de ser mais comum em crianças ([1]Brown RT. Costochondritis in adolescents. Journal of Adolescent Health Care. 1981 Mar 1;1(3):198-201.), a costocondrite pode sim ser diagnosticada em adultos. Neste caso, o processo diagnóstico exige ainda mais cautela.
Geralmente quando algum adulto se queixa de dor no peito, a suspeita é de que algo potencialmente grave esteja acontecendo, provavelmente um problema cardíaco. Por causa disso, é requerida uma pilha de exames, para que assim possam ser descartados outros problemas.
Se tais testes, especialmente aqueles relacionados às doenças cardíacas, estiverem normais, os dados clínicos serão avaliados, conduzindo ou não ao diagnóstico da costocondrite.
O que é costocondrite?
A costocondrite é uma condição inflamatória das cartilagens que ligam o osso esterno às costelas, causando dor na parede anterior do tórax.
O prefixo “costo” vem de costela, enquanto “condr” está relacionado a cartilagem. Por último, o sufixo “ite” que se refere a inflamação.
Apesar de dolorosa e bastante incômoda, a síndrome de Tietze não é grave.
A costocondrite ocorre geralmente entre a primeira, segunda, terceira, quarta ou quinta costela, produzindo dor localizada e excesso de sensibilidade. Seus sintomas causam confusão entre este e outros problemas mais graves, o que costuma gerar grande preocupação.
Na maioria das vezes não há necessidade de tratamento, já que a condição desaparece naturalmente com o tempo. Contudo, se houver piora, o médico deve ser procurado para que o tratamento adequado seja prescrito.
Costocondrite e Síndrome de Tietze: qual é a diferença?
A síndrome de Tietze se parece com a costocondrite em alguns aspectos, como na inflamação das articulações das costelas. No entanto, a diferença é que a síndrome de Tietze tem a presença de edema (ou seja, inchaço no local), que é uma de suas características mais marcantes.
Caso você tenha os sintomas da costocondrite, mas não tenha inchaço, não se preocupe. Contudo, caso o inchaço ocorra, busque um médico para ter um diagnóstico mais assertivo.
Quais são os fatores de risco para a costocondrite?
O desenvolvimento da costocondrite está ligado a alguns fatores, como:
- Pessoas com mais de 40 anos, especialmente mulheres;
- Adolescentes;
- Praticantes de atividades de alto impacto;
- Indivíduos se dedicam a certos tipos de trabalhos manuais;
- Pessoas alérgicas a substâncias e que são expostas a tais coisas;
- Portadores de artrite reumatoide;
- Portadores de espondilite anquilosante;
- Pacientes com síndrome de Reiter,
- etc.
Quais são as causas da costocondrite?
Ainda não se conhece a causa exata para o distúrbio. Na verdade, na grande maioria das vezes a condição é considerada idiopática, ou seja, de origem desconhecida.
Sabe-se, porém, que alguns fatores podem se relacionar com a inflamação, como traumas, acidentes, excesso de pressão sobre o peito, atividades menores repetitivas quando a pessoa não está acostumada, etc.
Além disso, em muitos casos a doença aparece associada a outras comorbidades como osteoartrite, artrite reumatoide, espondilite anquilosante e fibromialgia.
Como estamos falando de um processo inflamatório, podemos relacionar ainda como causas possíveis, infecções por vírus, bactérias ou fungos, capazes de infectar a junção das costelas, influenciando uma resposta imunológica.
Por último, câncer e tumores benignos também podem estar relacionados.
Em síntese, temos algumas causas possíveis, apesar de pouco conhecimento específico sobre a origem da costocondrite, como:
- Trauma direto no tórax
- Esforço físico causado por atividade
- Atividade de alto impacto
- Movimentos repetitivos
- Infecção na articulação esternocostal
- Comorbidades
Conheça a fisiopatologia da síndrome de Tietze
Para entendermos de que maneira os fatores apresentados acima se relacionam a costocondrite, é necessário conhecermos um pouco sobre a anatomia do tórax.
A caixa torácica é uma estrutura constituída de ossos rígidos, responsáveis por proteger os pulmões e o coração. Os pulmões precisam de espaço para se expandirem durante a respiração.
Por isso, as cartilagens das costelas são formadas por um tipo de material macio e flexível, permitindo movimento.
Essas cartilagens, chamadas esternocondrais, fazem a união das costelas ao esterno, osso localizado na região anterior do tórax, na parte central do peito.
As causas apresentadas, cada uma delas por meio de seu próprio processo, produzem lesões que alertam o corpo sobre a necessidade de se proteger. Desta forma, o nosso sistema imune é acionado, enviando células de defesa e produzindo assim o que chamamos de inflamação.
Tais alterações explicam ainda a piora dos sintomas durante o movimento. Ao respirarmos ou no ato da tosse, movimentamos por completo a caixa torácica, o que produz alterações nessas cartilagens. Quando elas estão inflamadas, esse movimento acaba gerando dor.
Quais são os sintomas da costocondrite?
De maneira geral, sentir dor no peito deve ser motivo de cautela. Não cabe ao paciente determinar se o seu caso é um problema relacionado ao coração ou uma costocondrite.
Sem dúvidas, os principais sintomas da costocondrite são a dor e a sensibilidade. Apesar de ser predominante a dor local, alguns pacientes queixam-se irradiação do peito para braços e ombros.
Pode haver ainda vermelhidão e edema da região acometida.
Em suma, os sintomas incluem:
- Dor aguda na parte frontal do tórax;
- Sensibilidade em uma articulação costocondral;
- Dor à palpação;
- Dor ao tossir;
- Dor ao respirar profundamente;
- Dificuldades para respirar,
- Etc.
Quando procurar ajuda médica?
A consulta médica é recomendada para todos que sentirem qualquer tipo de dor na região do tórax, em especial se o incômodo for recorrente. O atendimento médico imediato é sempre ideal.
Além disso, se você já tem um diagnóstico de costocondrite, deve procurar atendimento de emergência em casos de:
- Sentir-se fraco ou tonto;
- Ter a sensação de batimentos cardíacos irregulares ou muito rápidos
- Sofrer com dores que pioram com o tempo e não podem ser aliviadas com uso de medicamentos;
- Falta de ar;
- Febre superior a 38° C em um adulto;
- Tosse com expectoração ou sangue de cor escura;
- Em casos onde a dor no peito irradia para braços, pescoço, ombros, mandíbula e costas,
- etc.
Quais podem ser as complicações da costocondrite?
Muitas vezes o problema se resolve naturalmente mesmo na ausência de tratamento. No entanto, em casos mais graves, a dor pode acabar se tornando debilitante.
Quem sofre com costocondrite crônica acaba tendo que procurar cuidados a longo prazo, em busca de assegurar que a doença não afete sua qualidade de vida.
Dentre as complicações possíveis podemos citar:
Como é feito o diagnóstico da costocondrite?
O diagnóstico da doença se dá principalmente por meio do exame físico. No entanto, como em todos os casos, o paciente passará por todas as etapas da consulta.
Geralmente os especialistas requisitados são clínicos gerais e ortopedistas, outras especialidades podem ser integradas ao tratamento.
Muitas vezes o paciente procura primeiro o cardiologista por suspeitar de doenças cardíacas. Neste caso, o próprio médico fará a primeira avaliação e, se necessário, realizará o encaminhamento.
Em geral, a primeira etapa da consulta é a anamnese.
O médico fará algumas perguntas importantes a respeito dos sintomas em busca de conhecer em profundidade a queixa do paciente.
- Onde está a dor?
- Quando seus sintomas começaram?
- Existem fatores de piora ?
- O que ajuda a aliviar a dor?
- Você tem sentido dificuldades para respirar?
- Os sintomas pioram com a atividade física?
- Você teve alguma infecção respiratória recentemente?
- Você é portador de alguma outra condição médica?
- Sua família tem histórico para alguma doença?
Além de conhecer um pouco melhor o paciente e seu histórico clínico, o especialista irá avaliar suas condições físicas.
O médico irá mover sua caixa torácica e braços por meio de movimentos determinados com fim de tentar estimular os sintomas.
Devido a grande similaridade entre a costocondrite e outras doenças, geralmente é necessária uma série de exames que confirmem a inflamação das cartilagens intercostais.
Exames complementares
Os exames complementares têm como finalidade uma avaliação mais detalhada da caixa torácica. Para isso, o médico dispõe de algumas boas opções.
Seguem os testes mais utilizados para esses casos.
- Radiografia de tórax: O raio-X utiliza radiação para tirar fotos do tórax, permitindo uma visão detalhada da região, afastando outras lesões como fraturas e lesões ósseas.
- Análise de Sangue: O hemograma é muito utilizado em casos de infecções na busca por marcadores sanguíneos. Outros exames laboratoriais podem ser utilizados para afastar outras causas inflamatórias, como artrite.
- Eletrocardiograma: Este teste registra a atividade cardíaca através da medição de correntes elétricas através do miocárdio, sendo útil para atestar a saúde do coração.
- Endoscopia: O exame, realizado por meio da inserção de um tubo fino e iluminado através da garganta, é muito utilizado na avaliação do tubo digestivo, indicado para detecção de doenças digestivas.
- Tomografia de tórax: Utilizado em casos de dúvida diagnóstica, para avaliar costocondrite crônica e dores no peito sem outras causas. Pode ser inclusive utilizado para avaliar o pulmão, e lesões do órgão.
Diagnóstico diferencial
Não há como falar no diagnóstico diferencial sem, mais uma vez, citar a forte similaridade entre os sintomas da costocondrite e das doenças cardíacas. Mesmo após o diagnóstico, muitos pacientes continuam acreditando que a síndrome possa vir a progredir e atingir o órgão, o que não é verdade.
Além das doenças do coração já citadas até aqui, devemos incluir no diagnóstico diferencial tumores, câncer ósseo, dentre outras doenças graves.
Em alguns casos a dor é referida como mamária, sendo classificada como pseudo mamária. Neste caso, o exame clínico de mastologia é necessário para descartar alguma etiologia da mama.
Tratamento para costocondrite
Apenas o médico pode indicar qual o melhor tratamento para cada caso. Mediante a confirmação do diagnóstico, se nenhuma doença grave foi detectada, o tratamento pode ser opcional ([2]Lazaro A, Ahmed MS. Costochondritis. InMusculoskeletal Sports and Spine Disorders 2017 (pp. 171-173). Springer, Cham.).
Conheça as alternativas terapêuticas mais utilizadas.
Medicamentos
Os medicamentos analgésicos são usados para alívio da dor leve e moderada. Além destes, os anti-inflamatórios não esteróides, como é o caso do ibuprofeno e do naproxeno, também podem trazer melhoras, em especial o alívio da dor e do inchaço.
O uso de qualquer medicamento deve ser feito exclusivamente sob prescrição médica. Siga com cautela a orientação do seu médico e evite possíveis complicações.
Injeções de corticosteróides
Os corticóides são muito úteis no trato da costocondrite. Esses medicamentos ajudam a reduzir a dor e o inchaço, já que controlam a inflamação.
As injeções são feitas diretamente sobre a articulação costocondral inflamada e ao redor dela, na tentativa de controlar os sintomas da doença.
Esse tipo de tratamento é muito indicado para pacientes com dor intensa que não tenham experimentado melhorias com o uso de medicamentos.
O tratamento pode ser realizado por profissionais mais especializados, como médicos especialistas em dor.
Apesar dos benefícios, o uso excessivo de injeções de corticoides pode danificar a articulação. Por isso, quando necessária uma nova aplicação, essa deve ser realizada com alguns meses de intervalo.
Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)
A estimulação elétrica é um método muito útil para alívio da dor. O tratamento consiste na aplicação de uma corrente elétrica branca sobre a área afetada. Tais impulsos elétricos reduzem os sinais de dor enviados ao cérebro, além de promover relaxamento muscular.
Este tipo de terapia estimula ainda a produção de endorfinas, hormônio conhecido como analgésico natural do corpo, o que acaba por estimular a sensação de bem-estar.
Fisioterapia motora
A fisioterapia motora é útil para pacientes com dor torácica por costocondrite ([3]Rovetta G, Sessarego P, Monteforte P. Stretching exercises for costochondritis pain. G Ital Med Lav Ergon. 2009 Apr 1;31(2):169-71.). A fisioterapia pode ser utilizada com fins analgésicos e de reabilitação. O laser pode ser utilizado para auxiliar no controle da dor, e do processo inflamatório das costelas.
O alongamento dos membros superiores, o trabalho de conscientização respiratória e a mobilidade podem ser úteis para pacientes com dor crônica. Por fim, realiza-se um trabalho de fortalecimento da musculatura torácica adjacente e respiratória.
Acupuntura
Acupuntura pode ser um tratamento para ajudar na analgesia e inflamação local ([4]Lin K, Tung C. Integrating Acupuncture for the Management of Costochondritis in Adolescents. Medical acupuncture. 2017 Oct 1;29(5):327-30.).
Em muitos pacientes, surge dor miofascial (dor muscular) secundária na região, podendo inclusive resultar em dor referida (dor irradiada) na região torácica ou até nos braços.
Costocondrite: não deixe que a doença e as dores tirem sua qualidade de vida. Procure ajuda médica e tenha acesso ao melhor tratamento para o seu caso!
Nenhuma dor ou sintoma deve ser ignorado. Principalmente os de origem neurológica, pois podem indicar problemas graves de saúde. Para evitar surpresas desagradáveis ou descartar doenças de base, ao sofrer com a pressão na cabeça com frequência, busque ajuda médica. Assim, você terá acesso ao melhor tratamento para o seu caso.
A Clínica Dr. Hong Jin Pai & Associados tem mais de 35 anos de experiência em cuidar dos seus pacientes, e conta com uma equipe de médicos competentes e preparados em diversas especialidades, com foco no tratamento interdisciplinar da dor, reabilitação, fisiatria e ondas de choque e acupuntura.
Para marcar o seu horário e cuidar da sua saúde e bem-estar, é só acessar o nosso site e agendar a sua consulta.
Perguntas frequentes
Como saber se estou com costocondrite?
Existem, hoje em dia, alguns exames que podem ajudar na confirmação do diagnóstico. Um deles é o eletrocardiograma, a tomografia computadorizada, o raio X de tórax e a ressonância magnética.
Qual é a especialidade médica que cuida da costocondrite?
Geralmente, são os fisiatras e ortopedistas que cuidam da costocondrite. São eles que estudam a doença e estão aptos a prescrever o melhor tratamento.
Qual é a melhor posição para quem tem costocondrite dormir?
A melhor posição para quem tem costocondrite dormir é de lado. Essa posição ajuda a manter o tronco e as pernas esticados, o que reduz o refluxo gástrico, alonga a coluna e ajuda com o controle das dores.
Quanto tempo para melhorar a costocondrite?
A maior parte dos casos de costocondrite são de curta duração, e melhoram em até 6 ou 8 semanas. Ou ainda, podem melhorar mais rápido ou de forma espontânea. Contudo, há casos mais graves que podem exigir mais tempo de recuperação.
Quem tem costocondrite pode praticar caminhada?
Sim, é permitido, e caminhar pode ajudar na melhora do quadro. Mas ainda não é recomendado fazer atividades intensas ou correr – apenas caminhadas leves.
AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica
Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP
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Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.
Al. Jaú 687 – São Paulo – SP
Atendimento de segunda a sábado.
Referências Bibliográficas
↑1 | Brown RT. Costochondritis in adolescents. Journal of Adolescent Health Care. 1981 Mar 1;1(3):198-201. |
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↑2 | Lazaro A, Ahmed MS. Costochondritis. InMusculoskeletal Sports and Spine Disorders 2017 (pp. 171-173). Springer, Cham. |
↑3 | Rovetta G, Sessarego P, Monteforte P. Stretching exercises for costochondritis pain. G Ital Med Lav Ergon. 2009 Apr 1;31(2):169-71. |
↑4 | Lin K, Tung C. Integrating Acupuncture for the Management of Costochondritis in Adolescents. Medical acupuncture. 2017 Oct 1;29(5):327-30. |
28 Comentários
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Sinto muita dor, principalmente quando deito, não sei o que fazer..mas gostei muito da sua explicação.
Estou me tratando com cardiologista, ainda fazendo exames.Já fui na pneumologista e a nesma me receitou remedio pra brinquite asmática.Quando retornar se a dor continuar, a mesma suspendeu a hipótese de uma possível investigação pra verificar sobre a mesma.
Eu faço tratamento com cardiologista devido a hipertensão …e à 1ano atrás começaram essas dores nas costas do lado esquerdo e apareceu um lipoma…meu cardiologista pediu um rx de torax e acusou espondilite…mas estou muito incomodada com as dores que são insuportaveis dá a impressão que vou infartar…obrigado pela informação vou tirar a duvida da costocondrite.
Sinto dores nao sei se e uma sensação de ar ou sinto deficude respirar
Excelente explicação doutor! Obrigada.
Meses atrás tive uma dor muito forte no peito do lado esquerdo e achei que estava enfartando (aos 30 anos!), Observei bem meus sintomas e vi que o coração estava bem, mas doía muito quando eu respirava e várias posições também me causavam dor. Hoje em dia meses depois, sinto alguma dor quando apalpo ou em algumas posições ao deitar. Irei fazer o exame de raio-X para chegar a dimensão do problema, mas graças a essa bela explicação estou bem mais tranquila.