Pouco conhecido, o edema ósseo é uma lesão caracterizada pela inflamação do osso. Embora menos preocupante que uma fratura, também merece atenção.
A condição pode afetar pessoas de todas as idades e é mais comum em atletas. Geralmente, outros tipos de lesões acompanham o quadro, como exemplo podemos citar a contusão óssea, marcada por danos aos ligamentos próximos.
Continue a leitura para entender melhor o que é o edema ósseo, porque acontece, como reconhecer e ainda qual o tratamento e de que maneira é possível prevenir.
O que é edema ósseo?
O edema ósseo é uma lesão que só pode ser vista através de exames de imagem como ressonância magnética (não é visível nas radiografias simples normalmente) e está geralmente associada a uma fratura.
A região do osso mais acometida pelo problema é chamada metafisária, localizada próxima das articulações. O motivo da maior prevalência nessa localização é a sua maior irrigação sanguínea.
O quadro pode estar associado ao desgaste ou a inflamação das articulações, estando frequentemente relacionado a condições como a osteoartrose. Além disso, muitas vezes vem acompanhado da perda da arquitetura do osso, recebendo o nome de edema ósseo com fratura subcondral.
Ao identificar o distúrbio, o médico irá avaliar a sua gravidade, que pode ser medida de forma eficiente também através da ressonância magnética. Essa avaliação é essencial para a orientação do tratamento adequado.
Pelo menos na maioria dos casos o osso é reestabelecido em poucos dias, contudo, situações mais graves podem requerer meses de terapia.
Tipos de edema ósseo
São três os tipos de edema ósseo, entenda:
Sub-periosteal: quando a lesão localizasse no vaso sanguíneo, o que causa a formação de poças de sangue na membrana que fica ao redor do osso.
Interosseo: quando há sangramento na região da medula óssea, geralmente causados por compressões repetitivas.
Subcondral: quando a cartilagem se separa do osso.
O que causa edema ósseo?
Existem diversas causas possíveis, os casos mais brandos estão relacionados a lesões ligamentares. Como vimos, condições que afetam as articulações, como a osteoartrote, também podem estar relacionadas.
Edemas mais graves são consequências de traumas de alta energia durante práticas esportivas ou de acidentes de alto impacto.
Sintomas do edema ósseo
O principal sintoma é a dor, que dura mais tempo se comparada à dor originada de lesões no tecido mole.
Além desse, podem ocorrer tais sintomas:
A intensidade e a duração dos sintomas irá depender muito da gravidade da contusão, ou seja, do volume de osso afetado.
Diagnóstico de edema ósseo
Como vimos, a ressonância magnética é a principal forma de diagnosticar e avaliar o edema ósseo.
Geralmente o paciente chega ao consultório médico queixando-se de dor. Diante disso, o médico conduz a anamnese, questionando sobre hábitos e vícios, estilo de vida e histórico clínico.
O exame físico também é importante e contribui para o diagnóstico diferencial.
Embora o raio-X não mostre o edema ósseo, ele pode ser realizado para descartar uma fratura cortical óssea, que pode precisar de um tipo diferente de tratamento.
Tratamento e recuperação
Agora que você já conhece bem o edema ósseo, chegou o momento da boa notícia. O problema tem tratamento, sendo ele útil não apenas para o controle da dor, mas também para a recuperação plena dos movimentos, que acabam sendo prejudicados pelos sintomas.
Primeiramente é indicado repouso. Concomitantemente é realizado o tratamento conservador focado no restabelecimento da integridade da área acometida. A terapia inclui uso de aparelhos de apoio, como cintas, órteses e bengalas, que dão suporte para mobilidade do paciente.
Para controle da dor o médico pode recomendar anti-inflamatórios, que devem ser usados de acordo com a orientação do médico responsável pelo tratamento.
Em alguns casos são necessários estudos realizados através de exames focados na verificação do metabolismo ósseo para verificar a necessidade de outras intervenções, como dosagem da vitamina D.
Tanto para o tratamento como para recuperação também pode ser recomendada a terapia por ondas de choque com aparelho focal, que contribui para redução do tempo de recuperação, combate da dor e da imobilidade, os incômodos mais frequentemente descritos pelos pacientes.
Possíveis complicações
Como vimos, o edema ósseo não é um problema tão grave como uma fratura, por exemplo. Ademais, geralmente a sua cicatrização ocorre sem maiores dores de cabeça. Raramente a condição se torna grave.
São considerados preocupantes casos onde há risco de morte de parte do osso, que pode ser causada pelo comprometimento permanente do suprimento de sangue, esse processo recebe o nome de necrose avascular ou osteonecrose do osso.
Mesmo sendo rara a complicação, é importante ficar de olho. Diante dos sintomas de edema ósseo, procure a avaliação de um médico e faça o acompanhamento de maneira adequada para resolução da lesão.
Situações extremas podem se beneficiar da subcondroplastia, cirurgia minimamente invasiva muito usada em casos de artroses para tratar o edema ósseo. Seu principal objetivo é o preenchimento do edema com uma pasta de fosfato que atuará como substituta e garantirá uma maior resistência ao osso sem impedir a sua movimentação.
Como prevenir?
Além de evitar se expor a situações de perigo como uma forma de prevenir acidentes e traumas, mantenha os seus ossos sempre fortes e saudáveis.
Para isso, será necessária uma dieta equilibrada, uma rotina de atividades físicas que inclua exercícios de peso, e claro, um acompanhamento médico adequado.
Por último, não fume e nem exagere no álcool, pois tais hábitos podem comprometer a saúde dos seus ossos.
AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
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