A fibromialgia é uma doença caracterizada pela dor crônica com duração superior a 3 meses que pode acometer todo o corpo.
Em média o paciente com fibromialgia apresenta entre 11 e 18 pontos gatilhos, que são pontos que possuem hipersensibilidade.
A doença acomete cerca de 2,5% da população mundial sendo 8 vezes mais comum no sexo feminino.
Apesar da doença apresentar variação de sintomas, principalmente quando compara-se fibromialgia em homens e mulheres, é comum que pacientes com a síndrome apresentem também quadros de depressão.
A prevalência de depressão em conjunto com a fibromialgia varia entre 49% e 80% dos pacientes.
Saiba mais sobre a fibromialgia, seus sintomas, causas e tratamento.
Como a fibromialgia atinge a vida dos pacientes
Pacientes portadores da síndrome de fibromialgia podem ter a vida cotidiana atingida das mais variadas formas.
Muitas vezes os sintomas apresentados geram transtornos que impedem que o paciente tenha uma vida normal, podendo inclusive gerar incapacidade laborativa.
Apesar do principal sintoma da fibromialgia ser a dor crônica, existem outros sintomas que podem influenciar nas atividades diárias da pessoa.
Os principais sintomas apresentados são:
A relação entre fibromialgia e depressão
A presença desses sintomas no paciente de fibromialgia traz prejuízos significativos à sua qualidade de vida.
O impacto dos sintomas pode ser tão intenso a ponto de impedir que o paciente execute atividades cotidianas limitando inclusive sua interação social.
A depressão é um das complicações apresentadas por pacientes de fibromialgia e muitas vezes é reflexo da incapacidade que a doença gera.
Falta de diagnóstico
A medicina ainda não encontrou a cura para fibromialgia mas, se diagnosticada corretamente, é possível tratar os sintomas e preservar a qualidade de vida do paciente.
Como o diagnóstico da fibromialgia não pode ser realizado através de exames laboratoriais ou de imagem, muitos pacientes seguem subdiagnosticados, o que dificulta o tratamento dos sintomas e muitas vezes estende por anos o sofrimento com a doença.
Com os sintomas presentes cotidianamente, o paciente tem sua capacidade cognitiva afetada, o que pode influenciar em seu desempenho profissional e consequentemente afetar a renda familiar. No âmbito de relacionamentos a fibromialgia também pode interferir no contato social e familiar levando o paciente a um isolamento involuntário.
Por causa da junção dessas limitações com os demais sintomas a pessoa se vê em uma situação de constante vulnerabilidade, o que gera um alto estresse psicológico e como resultado o paciente pode desenvolver transtornos de saúde mental como ansiedade e depressão.
Fibromialgia e depressão: um ciclo vicioso
Se o quadro de fibromialgia pode ocasionar o desenvolvimento de depressão, a presença da depressão pode agravar a fibromialgia.
A depressão de forma isolada já acarreta inúmeras consequências na vida dos indivíduos, a união entre depressão e fibromialgia pode dificultar ainda mais o tratamento de ambas as doenças.
Por exemplo, uma das indicações para o tratamento da fibromialgia é a prática de exercícios físicos, o paciente com fibromialgia já apresenta certa dificuldade em realizar atividade física devido às dores que a doença causa.
A depressão pode limitar ainda mais o portador da síndrome, uma vez que pacientes com depressão apresentam entre outros sintomas falta de energia, fadiga e dificuldade de realizar atividades no dia-a-dia.
Para obter sucesso no tratamento de pacientes de fibromialgia que apresentam também um quadro de depressão é necessário realizar um tratamento em conjunto.
Tratamento de pacientes com fibromialgia e depressão
De acordo com o Ministério da Saúde, a presença de dor crônica pode levar pacientes à depressão e, como em um círculo vicioso, a depressão eleva as dores crônicas, por isso é necessário realizar um tratamento de ambas as doenças para interromper o ciclo.
A depressão é considerada um quadro secundário da fibromialgia, por isso o tratamento da fibromialgia deve ser realizado por equipe multidisciplinar que inclui psicólogos e psiquiatras, entre outros profissionais.
A princípio é necessário reduzir a dor do paciente para possibilitar outras intervenções para um tratamento eficiente de ambas as doenças.
A abordagem varia a depender do grau de dor apresentado. O médico responsável pelo acompanhamento, após confirmar o diagnóstico, vai eleger o tratamento adequado para o quadro a depender do grau de sintomas apresentados.
Tratamento farmacológico
Uma abordagem farmacológica pode ser necessária para reduzir os sintomas iniciais e possibilitar que o paciente seja submetido a outras intervenções para complemento do tratamento.
Analgésicos e relaxantes musculares
Em pacientes que apresentam um grau elevado de dor ou muitos pontos gatilhos é importante reduzir a dor para tornar os demais tratamentos mais confortáveis.
Medicamentos analgésicos e relaxantes musculares podem ser prescritos, principalmente durante o início do tratamento e quando a pessoa apresentar crises agudas de dores.
Antidepressivos
Por acometer grande parte dos pacientes com fibromialgia, muitas vezes é necessário tratar os quadros secundários de depressão com fármacos.
Os antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a controlar distúrbios do sono e ainda reduzem a ansiedade. Além disso, esses medicamentos atuam no controle de neurotransmissores do sistema nervoso central auxiliando também a restabelecer o equilíbrio do humor.
Tratamento não farmacológico
O tratamento não farmacológico inclui várias técnicas terapêuticas e envolve profissionais de áreas diversas. Além do médico responsável pelo diagnóstico e acompanhamento do paciente os principais profissionais envolvidos no tratamento não farmacológico são:
Psicólogos
Que vão auxiliar o paciente no tratamento da depressão através de terapia, que quando necessário será complementada por tratamento farmacológico.
Fisioterapeutas
Os profissionais da fisioterapia vão ajudar a devolver ao paciente a força muscular e a flexibilidade musculoesquelética.. Muitas vezes, devido ao alto grau de dor apresentado por pacientes com fibromialgia, a prática de exercícios com impacto se torna inviável, sendo a fisioterapia ideal para auxiliar no fortalecimento muscular sem causar desconforto ao paciente.
Nutricionista
A alimentação é importante tanto para o quadro de fibromialgia quanto para o tratamento da depressão.
No caso da depressão, muitas vezes o paciente apresenta baixa imunidade, baixa absorção de vitaminas, etc, que pode desencadear inclusive quadro de outras doenças.
Na fibromialgia a alimentação balanceada também é fundamental para complementar o tratamento. Sendo assim, opte por uma dieta saudável que priorize alimentos não inflamatórios e ajuda a reduzir os sintomas da fibromialgia e a fortalecer o sistema imunológico.
Terapias complementares
Para auxiliar no tratamento da fibromialgia e do quadro secundário de depressão algumas terapias complementares são muito eficientes, dentre elas se destacam a acupuntura e o Ioga.
Acupuntura
A técnica de acupuntura é tradicional da medicina chinesa e consiste em inserir agulhas em pontos específicos do corpo a depender do resultado que se espera alcançar.
Essa terapia é muito eficiente e atua na redução da dor, no relaxamento muscular, controle de distúrbios do sono, e também reduz a ansiedade e a depressão através de sua ação moduladora sobre o sistema nervoso central
Através da acupuntura, em muitos casos é possível inclusive reduzir o uso de fármacos analgésicos, antidepressivos e relaxantes musculares.
Ioga
A prática de Ioga também auxilia no tratamento tanto do quadro principal de fibromialgia quanto no quadro secundário de depressão.
Para a fibromialgia a prática terapêutica de ioga ajuda no alongamento muscular aumentando a flexibilidade musculoesquelética, além de auxiliar no fortalecimento muscular e no relaxamento do corpo.
No quadro de depressão a Ioga atua principalmente no reequilíbrio dos níveis de cortisol no organismo reduzindo o estresse, a ansiedade e controlando os distúrbios de sono apresentados.
Saiba mais sobre a fibromialgia, seus sintomas, causas e tratamento.
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