Você já se deparou com o termo “fibromialgia emocional”? Embora comum em conversas informais, é importante entender que ele não representa um diagnóstico médico distinto. Na verdade, ele reflete uma percepção popular sobre a forte ligação entre o estado emocional e os sintomas da fibromialgia, uma condição médica real e complexa.
A fibromialgia é uma síndrome clínica que causa dor musculoesquelética generalizada e crônica. Não se trata de uma inflamação nas juntas ou músculos, mas sim de uma sensibilização do sistema nervoso central. A teoria mais aceita sugere um desequilíbrio nos neurotransmissores que regulam a dor, fazendo com que o cérebro interprete estímulos comuns (como um toque leve) como dolorosos – um fenômeno conhecido como amplificação da dor.
Além da dor difusa e da sensibilidade aumentada em pontos específicos (tender points), outros sintomas são muito frequentes e impactam significativamente a qualidade de vida:
- Fadiga persistente (semelhante a uma gripe que não passa)
- Distúrbios do sono (dificuldade em adormecer, sono não reparador)
- Rigidez muscular, especialmente pela manhã
- Dificuldades cognitivas (problemas de memória e concentração, às vezes chamados de “névoa mental” ou “fibro fog”)
- Sensação de inchaço (edema) e formigamento (parestesias)
É comum que a fibromialgia coexista com outras condições, como depressão, ansiedade, síndrome do intestino irritável e enxaqueca crônica. Os sintomas podem flutuar em intensidade, sendo influenciados por fatores como mudanças climáticas, nível de atividade física e, crucialmente, o estresse emocional.
Neste artigo, vamos explorar a profunda relação entre as emoções e a fibromialgia, esclarecer mitos comuns e apresentar verdades baseadas em conhecimento médico. Você também encontrará dicas práticas para gerenciar o dia a dia e aliviar os sintomas, buscando uma vida com mais qualidade apesar do diagnóstico.
O que é fibromialgia emocional?
Em primeiro lugar, é importante destacar que a fibromialgia emocional não é um termo comum dentro da comunidade médica. Porém é possível dizer que esse pode ser um setor isolado, já que a doença atinge bastante as emoções dos pacientes.
Considerando dessa maneira, a fibromialgia emocional refere-se a todos os sintomas causados ou agravados por alterações emocionais – e uma das coisas que mais afetam os pacientes com fibromialgia é o famoso estresse.
O estresse e seu papel na fibromialgia
O estresse, seja ele físico ou emocional, desempenha um papel significativo na fibromialgia. Quando estamos estressados, nosso corpo libera hormônios como o cortisol. Embora essencial em pequenas doses, o cortisol cronicamente elevado pode desregular várias funções corporais, incluindo a percepção da dor.
Em pessoas com fibromialgia, cujo sistema nervoso já é mais sensível, o estresse age como um amplificador:
- Intensifica a Dor: O estresse pode exacerbar o desequilíbrio nos mecanismos de processamento da dor, tornando-a mais intensa e generalizada.
- Agrava Outros Sintomas: Fadiga, problemas de sono e dificuldades cognitivas também podem piorar sob estresse.
- Cria um Ciclo Vicioso: A dor e a fadiga geram estresse e ansiedade, que por sua vez aumentam a dor e a fadiga. Condições como depressão e ansiedade, frequentemente associadas à fibromialgia, podem ser tanto consequência quanto agravantes dos sintomas, alimentando esse ciclo.
É fundamental entender: o estresse não causa a fibromialgia isoladamente, mas é um dos gatilhos e fatores moduladores mais importantes da intensidade dos sintomas.
Fibromialgia emocional: mitos e verdades sobre essa relação
Depois de entender o papel do estresse na fibromialgia, é importante deixar bem claro que esse fator isolado não tem o poder de causar a fibromialgia. No entanto, quando se trata de sintomas, ele é um fator que tem bastante interferência – e não apenas nos sintomas psíquicos.
Os sintomas físicos, como dor crônica, rigidez muscular, tensão corporal, enxaqueca e cansaço, também podem ser piorados pelo estresse, em conjunto com outras condições. Dito isso, agora você vai descobrir alguns dos principais mitos e verdades sobre a fibromialgia emocional.
Mito: Fibromialgia emocional é diferente da física?
Não existe uma “fibromialgia emocional” como entidade separada. A fibromialgia é uma única condição com manifestações físicas (dor, fadiga) e que é fortemente influenciada por fatores emocionais e psicológicos. Separar os dois é ignorar a natureza integrada da doença.
Mito: Fibromialgia emocional tem cura?
A fibromialgia é uma doença que não tem cura, mas é possível controlar os sintomas. Sendo assim, a fibromialgia emocional também pode ser controlada através do diagnóstico correto e de tratamento médico individual para cada paciente.
É importante dizer que a automedicação é bastante perigosa, pois a doença pode ter vários sintomas físicos e emocionais que interagem entre si. O efeito dos medicamentos – ou as consequências de tomar um remédio que não é indicado – pode causar a piora do quadro ou agravar bastante alguns sintomas, mesmo que alivie outros.
Mito: Fibromialgia tem a ver com as emoções?
Não se pode afirmar que a fibromialgia tem origem emocional, embora os estudos mostrem que existe uma relação. Como foi dito anteriormente, a doença tem a ver com vários fatores, e um deles pode estar relacionado às emoções.
Mito: Fibromialgia é uma doença puramente psicológica ou “está tudo na cabeça”.
Verdade: Absolutamente não. A fibromialgia é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma condição reumatológica com bases neurofisiológicas reais. A dor sentida é física e genuína. No entanto, como em muitas doenças crônicas, o estado emocional tem um impacto direto na percepção e intensidade dos sintomas físicos.
Mito: Tratar apenas o lado emocional cura a fibromialgia.
Verdade: Atualmente, a fibromialgia não tem cura definitiva. Contudo, abordar os aspectos emocionais e psicológicos é parte essencial do tratamento. Gerenciar o estresse, a ansiedade e a depressão através de terapia e outras estratégias pode reduzir significativamente a intensidade dos sintomas gerais e melhorar muito a qualidade de vida.
Mito: A causa da fibromialgia é exclusivamente emocional.
Verdade: A causa exata da fibromialgia ainda é estudada, mas acredita-se que seja multifatorial. Fatores genéticos, infecções prévias, traumas físicos (como acidentes) e traumas emocionais ou estresse crônico podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome em indivíduos predispostos. Eventos emocionais intensos podem, sim, atuar como gatilhos para o início ou piora dos sintomas, mas raramente são o único fator.
Qual a explicação psicológica para a fibromialgia?
Neurologia, reumatologia, traumatologia e psicologia são alguns dos ramos médicos que estão envolvidos, mas não há como taxar uma explicação ainda, infelizmente.
O que se pode afirmar é que o acompanhamento psicológico tem apresentado resultados muito bons para a fibromialgia emocional nos pacientes. Além disso, a terapia psicológica é eficaz no manejo do estresse e dos desequilíbrios emocionais, bem como na aceitação do diagnóstico.
Portanto, a psicologia tem um papel importante dentro da abordagem sistêmica no tratamento da fibromialgia.
Os gatilhos para a fibromialgia são emocionais?
Não dá para generalizar, mas existe uma relação direta entre a fibromialgia e os gatilhos emocionais. Situações como traumas, estresse crônico, abusos, luto, relacionamentos tóxicos e notícias ruins já foram observadas como agravantes de crises de fibromialgia.
Além disso, alguns pacientes começaram a apresentar sintomas e receberam diagnóstico de fibromialgia depois de passar por algum evento emocional mais severo. No entanto, ainda não se pode afirmar que os gatilhos para a fibromialgia são exclusivamente emocionais.
Tratar o emocional cura a fibromialgia?
A cura da fibromialgia por si só é um mito, já que a doença ainda não tem uma, infelizmente. Por outro lado, o tratamento é abrangente e bastante voltado para os sintomas, o que inclui tratamento para a fibromialgia emocional.
Dentro da abordagem sistêmica, isso pode envolver mudança de hábitos, uso de medicamentos antidepressivos e relaxantes musculares, psicoterapia e terapias alternativas para reduzir os efeitos emocionais da fibromialgia.
A Importância da Abordagem Multidisciplinar e do Apoio Psicológico
Dado que a fibromialgia afeta corpo e mente, o tratamento mais eficaz é multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas da saúde:
Médicos:
Reumatologistas, fisiatras e neurologistas são frequentemente envolvidos no diagnóstico e manejo medicamentoso (analgésicos específicos, relaxantes musculares, medicamentos que modulam neurotransmissores como alguns antidepressivos – usados aqui por seu efeito na dor e no sono, não apenas no humor). A automedicação é perigosa e deve ser evitada.
Psicólogos:
A terapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é fundamental. Ela ajuda o paciente a:
- Desenvolver estratégias para lidar com a dor crônica.
- Gerenciar o estresse, a ansiedade e a depressão.
- Melhorar a qualidade do sono.
- Aceitar o diagnóstico e adaptar-se às limitações impostas pela condição.
- Mudar padrões de pensamento negativos que pioram o sofrimento.
Fisioterapeutas:
O fisioterapeuta desempenha um papel fundamental no tratamento da fibromialgia, indo muito além de simples recomendações. Este profissional é capacitado para avaliar as condições específicas de cada paciente, como níveis de dor, fadiga, rigidez e limitações de movimento, e, a partir disso, elaborar um programa de exercícios individualizado.
Esses programas geralmente combinam atividades de baixo impacto, como caminhadas, hidroginástica ou bicicleta ergométrica, com exercícios de alongamento para melhorar a flexibilidade e reduzir a rigidez muscular, e fortalecimento leve para aumentar a resistência e diminuir a fadiga.
Além disso, o fisioterapeuta ensina técnicas de relaxamento, como respiração diafragmática, relaxamento muscular progressivo e mindfulness, que são cruciais para ajudar o paciente a gerenciar o estresse e a tensão muscular, fatores que frequentemente exacerbam os sintomas da fibromialgia, contribuindo assim para a melhora da qualidade do sono e do bem-estar geral.
Outros Profissionais:
Nutricionistas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos também podem contribuir.
Nutricionistas, por exemplo, podem auxiliar na identificação de sensibilidades alimentares, na elaboração de um plano alimentar anti-inflamatório e no controle de peso, fatores que podem influenciar a intensidade da dor e os níveis de energia.
Terapeutas ocupacionais são valiosos para ensinar estratégias de conservação de energia e adaptação de atividades diárias (no trabalho e em casa), permitindo que o paciente mantenha sua funcionalidade e independência com menos sobrecarga e dor.
Educadores físicos também podem colaborar, especialmente na manutenção da adesão a um estilo de vida ativo a longo prazo, orientando práticas seguras e prazerosas fora do ambiente clínico.
Essa colaboração entre diferentes especialistas permite abordar as múltiplas facetas da fibromialgia, oferecendo um cuidado mais holístico e personalizado ao paciente.
Dicas Práticas para Gerenciar o Impacto Emocional no Dia a Dia
Além do acompanhamento profissional, algumas mudanças de hábitos podem fazer uma grande diferença:
A abordagem sistêmica no tratamento para fibromialgia não é composta apenas de medicamentos. Experimente as dicas acima para complementar o tratamento da fibromialgia emocional e aliviar os sintomas físicos.
Confira 8 dicas sobre alimentação que podem ajudar a aliviar os sintomas da fibromialgia.
-
01.Exercício Físico Regular e Gentil:
Atividades de baixo impacto como caminhada, natação, hidroginástica, yoga e tai chi são excelentes. Comece devagar e aumente gradualmente. Os exercícios liberam endorfinas (analgésicos naturais), melhoram o humor, o sono e reduzem a rigidez. -
02.Alimentação Anti-inflamatória:
Priorize alimentos frescos e naturais (“descasque mais, desembale menos”). Frutas, vegetais, grãos integrais, peixes ricos em ômega-3 e gorduras saudáveis podem ajudar a reduzir a inflamação sistêmica e melhorar a disposição. Evite alimentos processados, açúcares e gorduras saturadas. -
03.Higiene do Sono:
Crie uma rotina relaxante antes de dormir, mantenha horários regulares, evite cafeína e telas à noite, e garanta um quarto escuro e silencioso. -
04.Técnicas de Relaxamento:
Práticas como meditação mindfulness, respiração profunda e relaxamento muscular progressivo podem acalmar o sistema nervoso e reduzir a percepção da dor. Mesmo 5-10 minutos por dia podem ajudar.
Acupuntura para fibromialgia emocional
A acupuntura pode ser benéfica no tratamento da fibromialgia, uma condição que se caracteriza por dor crônica generalizada, distúrbios do sono, depressão e fadiga. Estudos demonstraram que a acupuntura pode resultar na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia
Alívio da Dor Crônica:
Estimula liberação de endorfinas. Modula sinais de dor. Reduz pontos-gatilho dolorosos.
Melhora da Qualidade do Sono:
Induz relaxamento profundo. Regula ciclo sono-vigília. Reduz interrupções noturnas.
Redução de Estresse e Ansiedade:
Equilibra sistema nervoso autônomo. Promove relaxamento mental. Melhora resposta ao estresse.
Modulação de Neurotransmissores:
Influencia serotonina e noradrenalina. Melhora humor e energia. Regula percepção da dor.
Diminuição da Rigidez Muscular:
Promove relaxamento dos músculos. Melhora circulação local. Aumenta flexibilidade corporal.
Regulação do Sistema Nervoso Central:
Modula processamento da dor. Reduz hipersensibilidade neural. Melhora equilíbrio neuroquímico.
Tratamento para Fibromialgia em São Paulo
A acupuntura é um tratamento considerado alternativo no Brasil, mas na China a prática é uma tradição médica milenar. Essa é uma das práticas que mais apresentam resultado em pacientes com fibromialgia.
Ela atua não só no emocional, promovendo relaxamento e bem-estar, mas também proporciona alívio da dor crônica e nos pontos de dor da fibromialgia. Embora seja um tratamento natural e não medicamentoso, precisa ser feito por um profissional especializado.
Na clínica Hong Jin Pai & Associados temos uma equipe de médicos com especialização em acupuntura tradicional, preparados para atender pacientes com fibromialgia emocional. Nossa equipe também conta com médicos especialistas em Fisiatria, Ortopedia, Pediatria e Traumatologia, todos preparados para atender você com toda a atenção que você merece.
A dor não precisa ser sua companheira – entre em contato e agende uma avaliação para receber um diagnóstico preciso e tratamentos que vão mudar a sua qualidade de vida. O seu bem-estar é a nossa maior preocupação. Estamos te esperando.
AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica
Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.
Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica
Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP
Médicos Especialistas em Dor e Acupuntura do HC-FMUSP
Os especialistas em medicina da dor são médicos especialmente treinados e qualificados para oferecer avaliação integrada e especializada e gerenciamento da dor usando seu conhecimento único e conjunto de habilidades no contexto de uma equipe multidisciplinar.
O tratamento da dor visa reduzir a dor, abordando o impacto emocional da dor, ajudando os pacientes a se moverem melhor e aumentando o bem-estar por meio de uma variedade de tratamentos, incluindo medicamentos, fisioterapia, acupuntura, ondas de choque e procedimentos minimamente intervencionistas.
Se você está vivendo com uma dor persistente há mais de 3 meses, provavelmente está sentindo dor crônica.
Nossos médicos especialistas em controle da dor em São Paulo trabalham em estreita colaboração com outros especialistas como parte de uma equipe multidisciplinar para fornecer uma abordagem holística e um resultado ideal para a dor crônica, seja qual for a causa.
As técnicas usadas no controle da dor dependerão da natureza e gravidade da dor, mas nossos especialistas em dor têm experiência para ajudar com a dor.
-
01.Tratamento conservador de dor
Acupuntura Médica, Ondas de Choque, Fisioterapia, Infiltrações, Bloqueios Anestésicos, Toxina Botulínica. -
02.Excelência em um só lugar
A avaliação e tratamento da dor é a especialidade de nossos Médicos especialistas em Dor. -
03.Tratamento individualizado
Plano de tratamento com medicamentos, terapias minimamente invasivas e fisioterapia.
Atendemos todos os Planos de Saúde pelo Reembolso.
O reembolso ou livre escolha é uma opção de atendimento a usuários de planos de saúde que não está vinculada à rede de prestadores contratados ou cujo procedimento específico não está contratado.
Não atendemos diretamente por convênio. Nosso foco é um atendimento especializado no paciente. Assim, separamos pelo menos 60-90 minutos para consulta, exame e avaliação do paciente.
O processo na maioria das vezes é digital (pelo Smartphone, tablet ou computador) é simples. O valor reembolsado corresponde a uma tabela de valores da própria operadora e pode cobrir todo o procedimento ou parte dele. Lembrando que a parte não reembolsada pode ser abatida no imposto de renda pessoa física (IRPF).
Clínica Dr. Hong Jin Pai – Centro de Dor, Acupuntura Médica, Fisiatria e Reabilitação.
Al. Jaú 687 – São Paulo – SP
Atendimento de segunda a sábado.