A distensão abdominal ocorre quando substâncias, como ar (gás) ou fluido, se acumulam no abdômen causando sua expansão.
A presença de gases e distensão abdominal é algo frequente e, muitas vezes, não é sinônimo de nenhuma doença grave.
Porém, quando há também outros sintomas associados e o desconforto torna-se excessivo, deve-se recorrer ao diagnóstico clínico para entender as causas e eliminá-las.
Com o excesso de gases e distensão, pode haver muito desconforto e dor, podendo, até mesmo, ser confundida com problemas graves.
O que pode gerar gases e distensão abdominal?
Os gases são formados durante o processo digestivo, a partir da fermentação de carboidratos que não são plenamente quebrados pelo organismo humano devido à ausência de enzimas específicas para tal.
Quem realiza, portanto, a degradação de tais moléculas, são bactérias que fazem parte da microbiota intestinal e vivem em uma relação de mutualismo com o corpo de seu hospedeiro.
Logo, a presença de gases é até certo ponto comum e não existe um motivo para se preocupar. Porém, existe uma série de hábitos alimentares que favorecem uma maior produção dessas bolhas de ar no trato gastrointestinal.
Neste sentido, é importante atentar-se à alimentação e evitar certas práticas e alimentos. Assim, reduzem-se os desconfortos e outros sintomas frequentemente associados, dentre os quais, a distensão abdominal.
Mas, é essencial ressaltarmos que nem sempre o excesso de gases tem relação só com alimentação. É possível, sim, que haja a presença de alguma condição clínica que merece maior atenção.
Caso o paciente faça uma revisão de suas práticas alimentares, mude hábitos e continue com gases em excesso, buscar ajuda médica é a medida necessária.
Frequência de relato de distensão abdominal em indivíduos com patologias gastrointestinais
– Síndrome do intestino irritável: 23%-96%
– Dispepsia funcional: 50%
– Constipação crônica: 56%
Causas comuns de gases e distensão abdominal
As causas comuns de distensão abdominal são geralmente gases, síndrome do intestino irritável (SII) e constipação. Outras causas podem ser miomas, ascite ou sangramento intra-abdominal. Causas menos comuns podem ser cistos, tumores e neoplasias.
Os gases podem ser formados por diversas causas, e muitas vezes há mais de um fator atuando em conjunto para eles serem produzidos.
Citamos a seguir exemplos do que pode propiciar o aumento dos gases no organismo:
- Má alimentação;
- Intolerâncias alimentares;
- Constipação;
- Doenças do trato gastrointestinal;
- Infecções no estômago ou intestino.
- Desequilíbrio de microrganismos que geralmente vivem no intestino (disbacteriose); às vezes, o resultado de tomar antibióticos
- Aumento da percepção e sensibilidade ao que está acontecendo no trato digestivo
Na sequência, abordamos em mais detalhes essas condições.
Alimentação
As causas alimentares para a produção de gases, acompanhada de distensão abdominal, podem tanto estar relacionadas aos alimentos em si, como aos hábitos alimentares do paciente.
Em relação aos primeiros, existem vários alimentos que predispõem ao aumento dos gases e alguns deles são: feijão, soja, farinhas, açúcar, bebidas gaseificadas, sorbitol, cebola, repolho, couve-flor, leite e queijo.
Já os hábitos alimentares que favorecem o surgimento de gases são a ingestão rápida dos alimentos, bem como comer em excesso ou, ainda, falar enquanto come. Além disso, mascar muito chiclete e fumar também são causas comuns.
Intolerância à lactose
A intolerância à lactose é mais um motivo para ser produzido um excesso de gases no trato gastrointestinal e, consequentemente, perceba-se inchaço da região abdominal e outros sintomas como cólicas e diarreias.
Essa condição ocorre porque o organismo do paciente é incapaz de digerir o açúcar lactose, presente no leite e em seus derivados. Isso porque lhe falta a enzima específica para tal processo, conhecida como lactase.
Doença celíaca
A doença celíaca é uma condição autoimune a partir da qual o organismo do paciente reage ao glúten gerando um processo inflamatório. Esse, promove uma irritação da parede intestinal e, consequentemente, a má absorção de nutrientes e carboidratos.
Vale salientar que o glúten está presente em uma diversidade de alimentos, e à título de exemplo citamos: massas, pães, bolos, bolachas, queijos, farinha de trigo, cevada e centeio.
Síndrome do intestino irritável
Outra causa frequentemente relacionada aos gases e distensão abdominal é a síndrome do intestino irritável, uma condição na qual há alteração na motilidade intestinal, e que acarreta sintomas como dores no abdômen, constipação e diarreia.
Os fatores que favorecem essa síndrome não são totalmente compreendidos, mas em diversos casos existe uma correlação com estados psicológicos – como ansiedade e depressão – e/ou processos inflamatórios no sistema digestivo.
Constipação
A constipação, ou prisão de ventre, caracterizada pela dificuldade em eliminar as fezes, ocasiona o aumento da fermentação de carboidratos pelas bactérias da microbiota intestinal, uma vez que retarda a passagem de alimento pela parte inferior do intestino.
Alguns dos motivos que favorecem esse quadro são: a baixa ingestão de água e de fibras alimentares, consumo de muitos alimentos industrializados e o sedentarismo.
Doenças gastrointestinais
Além das causas citadas acima, as doenças gastrointestinais, que podem acometer quaisquer um dos órgãos do sistema digestório, estão relacionadas ao aumento dos gases.
Nesses casos, é essencial a busca por um diagnóstico completo, pois a tendência, sem tratamento, é que tais condições evoluam cada vez mais, e comprometam a qualidade de vida do paciente.
Dentre as patologias gastrointestinais mais conhecidas, indicamos: doença de Crohn, colites, estomatites, dispepsia e úlceras.
Vale salientar que a síndrome do intestino irritável é considerada também integrante desse grupo de doenças.
E, além das causas acima, alterações hormonais e estados como depressão e ansiedade desempenham importante papel como motivadores para alterações no funcionamento do sistema digestivo de maneira geral.
Diagnóstico
Quando o excesso de gases e a distensão abdominal tornam-se constantes e não melhoram com a mudança de hábitos alimentares, além de estarem associados a outros sintomas, é preciso fazer um diagnóstico com o médico.
Dentre as informações que o clínico deve ter acesso destacam-se aquelas referentes à alimentação. Além disso, comumente são feitos exames complementares para identificar a causa, que pode ser uma patologia gastrointestinal ou não.
Sintomas de distensão abdominal
Uma variedade de sintomas costuma aparecer em conjunto com os gases e com a distensão abdominal. São eles:
- estômago inchado;
- azia;
- sensação de queimação estomacal;
- dores no peito;
- dor abdominal de leve a intensa;
- cólicas intestinais;
- enrijecimento na área do abdômen;
- constipação.
Tratamento de gases e distensão abdominal
A fim de reduzir a quantidade de gases e, consequentemente, a distensão abdominal, a primeira abordagem costuma ser observar os hábitos alimentares e fazer alterações no sentido de reduzir os desconfortos.
Tais medidas podem ser: comer mais devagar, manter uma dieta equilibrada, rica em fibras e em água, evitar fumar e ingerir alimentos que favorecem a produção de gases.
Porém, muitas vezes, o quadro é mais complexo e exige um tratamento da causa inicial. Nesses casos, são comuns o uso de medicamentos como antibióticos, probióticos, antiespasmódicos e antidepressivos, dependendo da condição clínica do paciente.
Ressaltamos que apenas o médico consegue indicar os fármacos a serem utilizados, bem como as outras estratégias que devem ser realizadas conjuntamente, visando assim eliminar a doença e seus sintomas, dentre os quais os gases e a distensão abdominal.
Quando procurar ajuda médica?
É importante conversar com seu médico em caso de persistência dos sintomas, se estiver atrapalhando a rotina, ou se os sintomas durarem mais de 30 dias.
Gases e distensão abdominal podem ser sintomas de outras patologias, com sintomas vagos e diagnóstico nem sempre preciso.
Não há um teste de diagnóstico para inchaço ou distensão; no entanto, o seu médico pode realizar alguns testes para descartar problemas subjacentes ou distúrbios associados.
Em caso de sintomas abdomais diferentes, como sangramento, mal-estar, ou azia persistente, procure seu médico.
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