Os isquiotibiais estão localizados na parte posterior das coxas sendo responsáveis pela movimentação do joelho e do quadril. A lesão nesses músculos geralmente acontece devido a uma contração brusca e violenta, causando dor repentina na parte de trás da coxa.
É a lesão muscular mais comum. Segundo estudo da UEFA que avaliou os clubes europeus de futebol, 35% de todas as injúrias são musculares, sendo aproximadamente metade delas na Coxa. Assim, a chance é de 70% que seja na região dos isquiotibiais.
O problema, que acaba atingindo muitos atletas, é bastante frustrante, já que exige um longo período de reabilitação e há um alto risco de reincidências.
Continue a leitura e entenda melhor o que é a lesão de isquiotibiais, quais sintomas produz, como se dá o tratamento e, claro, como preveni-la.
O que é a lesão de isquiotibiais?
Os isquiotibiais são um conjunto de músculos composto pelos músculos semitendíneo, semimembranoso e bíceps femoral. Está localizado na parte posterior da coxa e do quadril e é responsável pelo movimento de extensão do quadril e de flexão do joelho.
A lesão que afeta essa região é chamada de lesão de isquiotibiais e normalmente é causada por movimentos bruscos durante a prática esportiva, como uma queda ou um impulso para corrida.
Além da dor, o quadro pode vir acompanhado por edema, hematoma, fraqueza para dobrar o joelho e dificuldades para correr.
Tipos de lesão de isquiotibiais
A lesão de isquiotibiais pode ocorrer de 3 maneiras diferentes:
Lesão tendínea: arrancamento dos tendões do osso;
Lesão miotendínea: separação entre o tendão e a fibra muscular;
Lesão muscular: distensão ou ruptura da fibra muscular.
Quando ocorre a lesão?
Como vimos, a lesão acontece, assim como a maioria das lesões musculares, quando algum movimento impõe maior tensão sobre as fibras que compõem o músculo. Na maioria das vezes isso acontece em situações onde há variação da velocidade em um curto espaço de tempo, ou seja, em uma grande aceleração ou em uma abrupta desaceleração.
Vamos entender isso melhor.
As fibras musculares se lesionam quando ultrapassam seu limiar fisiológico de deformação, o que acontece, por exemplo, quando um barbante arrebenta.
Assim como outros materiais, o músculo é capaz de experimentar deformação elástica, ou seja, dilatar e retornar ao seu formato inicial sem sofrer mudanças em suas propriedades. Porém, a partir de certo ponto, quando a deformação ultrapassa um limite, acaba ocorrendo ruptura das fibras musculares.
É justamente isso que acontece quando uma alta potência é imposta sobre o tecido em movimentos de sobrecarga, o músculo é esticado além do que é fisiologicamente possível a ele, por isso, sofre lesão. Há ainda risco de ruptura total (falência total).
Fatores de riscos
Diversos estudos avaliaram a existência de fatores de risco para lesão de isquiotibiais. A surpresa, é que são as características do próprio músculo as questões mais importantes quando esse é o assunto.
O desequilíbrio muscular, que seria a diferença de força da musculatura quando comparada contralateralmente ou uma alteração entre a proporção de força dos isquiotibiais com relação ao quadríceps ipsilateral, é o principal fator de risco.
Como saber se houve uma lesão de isquiotibiais?
Para reconhecer uma lesão, é necessário saber quais são os sintomas:
- Dor ao flexionar o joelho;
- Dor ao sentar-se
- Dor ao iniciar uma corrida ou caminhada
- Sensação de fadiga muscular
- Limitação da amplitude de extensão do quadril
- Hematoma
- Fraqueza muscular
O volume do hematoma está geralmente correlacionado a gravidade da lesão, embora a sua ausência não deva ser confundida com uma lesão menor.
Diagnóstico
É muito importante procurar ajuda médica diante de uma lesão como essa. Durante a consulta, o médico deverá diferenciar a lesão de isquiotibiais de outros problemas como: pofisite da TI, síndrome do piriforme, tendinopatias, bursites e radiculopatias.
Além da anamnese, onde o médico avaliará o histórico clínico e familiar do paciente, sua queixa, seus hábitos, dentre outros fatores, e do exame físico, será realizado também um exame clínico neurológico.
Por causa da proximidade do local, em alguns casos as lesões musculares estão correlacionadas com lesões neurológicas, que produzem sintomas como parestesias e alterações motoras
Também parte crucial do diagnóstico da lesão de isquiotibiais são os exames de imagem.
A ultrassonografia deve ser realizada entre o segundo e o sétimo dia após o trauma e contribui para um estudo aprofundado do problema, permitindo visualizar o hematoma e a descontinuidade das fibras. O exame tem a vantagem de ser acessível e de baixo custo.
Se houver necessidade, pode ser indicada a ressonância magnética, muito recomendada para descrever lesões. Esse teste ajuda a diagnosticar a gravidade e a extensão da lesão, além dos tendões envolvidos e da retração da massa muscular.
Como tratar uma lesão de isquiotibiais
O tempo de recuperação da lesão de isquiotibiais é em média de 16 semanas. De acordo com o artigo “Lesões dos isquiotibiais”, no futebol profissional, o atleta fica, em média, 14 dias fora das atividades competitivas.
Na maioria dos casos essas lesões são do tipo distensões musculares ou lesões parciais na junção miotendínea, e podem ser tratadas de forma conservadora.
Em geral, o objetivo do tratamento é a recuperação total, e a terapia varia de acordo com a gravidade e o grau de intensidade do problema.
Inicialmente, a intervenção visa reduzir o sangramento intramuscular e controlar a resposta inflamatória através de analgésicos, repouso, compressas de gelo e elevação do membro.
Nessa fase aguda, a dor influência muito na avaliação clínica do paciente, o que muda com o passar das primeiras 48 horas, tornando o resultado do exame físico mais relevante para o prognóstico.
Por isso, é necessária uma nova avaliação específica após decorrido esse tempo.
O tratamento segue com fisioterapia. É necessário que o indivíduo mantenha o repouso para que as fibras musculares possam se recuperar de maneira adequada.
Exercícios de fortalecimento dos isquiotibiais são recomendados, dentre eles se destaca a Flexão Nórdica, muito indicada pelos fisioterapeutas para esse tipo de lesão.
Programas de alongamento também fazem parte do tratamento e ajudam na cicatrização tecidual e na regeneração muscular.
O tratamento adequado é essencial e não só evita a piora da lesão como também previne novos episódios, muito frequentes nesses casos.
Cirurgia
Casos mais complexos requerem tratamento cirúrgico. O procedimento consiste na reinserção dos tendões rompidos no osso utilizando âncoras bioabsorvíveis. Essas âncoras são parafusos com fios que trazer os tendões até os ossos, onde são fixados.
A recuperação após a operação requer repouso, restrição de mobilidade e uma reabilitação prolongada seguida por ganho de mobilidade e força.
No longo prazo, o resultado é superior ao obtido por meio do tratamento conservador.
Como evitar a lesão de isquiotibiais
A melhor forma de prevenir a lesão de isquiotibiais é fortalecer a musculatura da região. Para isso, você precisará não só de manter o corpo ativo, mas de contar com a ajuda de um profissional da educação física para que desenvolva um plano de treinamento específico que vise evitar futuras lesões.
Também é essencial se alongar e aquecer antes de qualquer atividade física. Falando especificamente os isquiotibiais, isso fará com que os músculos consigam realizar movimentos sem restrição, com amplitudes maiores.
Só tenha cuidado para não exagerar. Segundo o conselheiro do CREF, caso a atividade for muito intensa, melhor não fazer alongamentos fortes com a intenção de aumentar a flexibilidade, pois essa prática provoca dor e acaba alterando uma série de estruturas, levando à perda de força muscular.
AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP
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