Conheça abaixo do que se trata a medicina integrativa. Exploraremos o assunto explicando como é feito o tratamento, os objetivos, seus princípios e a abordagem.
Relação do médico com o paciente
A medicina integrativa é uma especialidade que reafirma a importância do relacionamento entre o médico e o paciente.
Ela foca na pessoa como um todo, baseando-se em evidências e usando diversas abordagens terapêuticas. Ela pode abranger diversos profissionais da área da saúde, bem como meios adequados para a cura e a promoção da saúde.
Tratamento como um todo
A medicina integrativa visa à cura do paciente focando no seu organismo como um todo: corpo, mente, estilo de vida e espírito.
Para isto, podem ser usadas terapias alternativas ou convencionais. Sendo assim, ela não é uma medicina alternativa, já que o tratamento convencional não é descartado. Todas as opções são vistas com olhar crítico, visando à cura integrada do paciente.
Este tipo de medicina está em alta nos Estados Unidos e seu crescimento se deve ao colapso no sistema de saúde. Sua prática reduz custos ao:
– Manter o foco na cura, ao invés de na doença;
– Promover a saúde, cuidando do estilo de vida;
– Enfatizar o potencial de recuperação;
– Oferecer tratamentos mais baratos, porém tão bons ou melhores que remédios alopáticos e terapias convencionais, tornando-os populares.
Diretrizes da medicina integrativa
O tratamento que visa à cura pode ser feito de diversas formas. Por exemplo: podem ser solicitados (as):
– mudanças no estilo de vida do paciente;
– alterações na dieta alimentar;
– consumo de suplementos alimentares;
– prática de exercícios físicos;
– redução do estresse;
– terapias para o corpo e/ou para a mente;
– utilização de medicina tradicional intercalada com medicina chinesa.
Cada paciente tem o seu tipo de tratamento recomendado. É importante este relacionamento com o médico para que a cura seja direcionada da melhor maneira possível. É necessário fazer muita pesquisa, especialmente para a diminuição dos custos comparados com os tratamentos convencionais.
Portanto, quanto mais dados houver sobre o tratamento integrativo, mais fácil será promover avanços na área. Desta forma, será possível mudar a prioridade na distribuição de verbas para tratamentos de saúde, já que hoje elas cobrem os caros tratamentos tradicionais.
Medicina integrativa e os profissionais de saúde
Os profissionais da área de saúde estão cada vez mais atraídos por este tipo de tratamento. Eles reconhecem o potencial de recuperação de valores que formam a prática médica. Estes valores foram distorcidos pela medicina que visa o lucro, mas a situação poderá mudar em breve.
O Centro de Medicina Integrativa da Universidade do Arizona, fundado em 1994 pelo doutor Andrew T. Weil, já entregou mais de quinhentos diplomas de graduação para médicos e alguns enfermeiros. Muitas destas pessoas atuam na área, uns como diretores de programas de medicina alternativa em instituições, outros capacitando profissionais em treinamentos.
O respeito ao paciente
Voltando a falar sobre o tratamento de medicina integrativa, ele visa à percepção do paciente em suas necessidades, respeitando sua autonomia e seu poder pessoal. Isto é praticado no lugar de terapias novas ou tecnologias isoladas.
Portanto, a relação respeitosa entre paciente e profissional de saúde é a base do tratamento integrativo.
Princípios da medicina integrativa
Estas são as premissas do tratamento integrativo:
– Parceria entre o paciente e o profissional de saúde no processo de cura;
– Uso de métodos, terapias e sistemas médicos convencionais, facilitando de maneira adequada o processo de cura;
– Consideração de todos os fatores que influenciam a saúde e o surgimento de doenças. Nesta etapa são considerados o corpo, a mente e a sociedade;
– Uso de métodos e terapias naturais, que funcionam e não são invasivos, sempre que possível;
– Uso de conceitos cientificamente comprovados na promoção da saúde e no tratamento de doenças;
– Estabelecimento de abordagem interdisciplinar e transcultural, comprometida no processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal;
– Reconhecimento que a boa medicina deve ser baseada em boa ciência, investigativa e aberta a novos paradigmas.
Paciente também é responsável
Parece simples adotar a medicina integrativa, porém esta abordagem modifica toda a prática médica. Neste caso, o paciente é responsável por sua melhora e consequente cura. A consulta com o profissional de saúde é feita de maneira diferenciada, já que a relação entre ambas as pessoas é fortalecida e a escolha das terapias é expandida.
No tratamento integrativo, até o conceito de cura é ampliado. Ele deixa de ser como é visto hoje, como ausência de doença, para ser visto como reestabelecimento do bem-estar físico, mental e social do paciente.
Este tipo de medicina também enfatiza a capacidade inata que nosso organismo possui de se recuperar. Isto quer dizer que todos somos capazes de participar de maneira ativa do processo de cura, apesar de não sermos educados para isto.
Cura que vem de dentro
Ao contrário do que se prega na medicina convencional, no tratamento integrativo entende-se que a cura vem de dentro, e não de fora. Obviamente são necessários métodos tradicionais, como procedimentos cirúrgicos e medicamentos para acelerar a cura, mas isto não é tudo e estes tratamentos não trabalham sozinhos.
Ficou confuso? Veja este exemplo: ao se tratar de uma pneumonia, o paciente acredita que foram os antibióticos que promoveram sua cura. Porém, a medicina integrativa entende que o sistema imunológico, auxiliado pela redução de bactérias que o medicamento causou, foi quem permitiu a cura.
É uma mudança no entendimento.
Opções para o tratamento
Como o tratamento integrativo não descarta a medicina tradicional, há um leque de opções muito grande no que se refere à aceleração da cura. Podem ser escolhidas terapias convencionais ou alternativas complementares, estas últimas desde que sua eficácia tenha sido testada e comprovada cientificamente.
Terapias para corpo, mente e espírito
Como citamos anteriormente, a premissa da medicina integrativa é tratar o paciente como um todo: corpo, mente e espírito. Portanto, podem ser utilizadas diversas técnicas que promoverão a sua cura e melhorarão sua vida de maneira íntegra.
Abaixo você confere algumas opções de tratamento para o paciente, que concordam com os princípios básicos desta prática médica.
– meditação: com foco na respiração e repetição de palavras que podem aquietar a mente;
– hipnose: onde há relaxamento mental e o paciente foca sua atenção em sentimentos, mágoas ou ideias do passado, para auxiliar no processo de cura;
– ioga: na utilização de posturas ou alongamentos diretamente ligados à respiração;
– visualização: é solicitado que o paciente imagine cenas ou experiências de prazer e felicidade, estimulando sua cura;
– atividades artísticas criativas, que podem acelerar sua recuperação: música, dança, artes, etc.;
– práticas biológicas: utilização da medicina natural, através de suplementos alimentares ou medicamentos fitoterápicos;
– técnicas de manipulação corporal: massagens, shiatsu, etc.;
– técnicas terapêuticas baseadas em energia: Tai Chi Chuan, Reiki e toque terapêutico. No primeiro exemplo são feitos toques com movimentos suaves, focando na concentração e respiração profunda;
– sistemas médicos tradicionais: medicina ayurveda (que enfatiza o equilíbrio entre corpo, mente e espírito); medicina chinesa como acupuntura (saúde é resultado da harmonia entre as forças Yin e Yang); homeopatia (pequenas doses de agentes que estimulam o organismo a promover sua própria cura).
Dúvidas frequentes de pacientes
Pacientes de medicina integrativa normalmente possuem estas dúvidas. Confira, pode ser que você deseje os mesmos esclarecimentos.
O que deve ser perguntado ao médico? Resposta: deve se perguntar qual o tratamento mais indicado para ajudar você a enfrentar o seu problema e reduzir o estresse provocado pela doença.
Devo informar o uso de suplementos alimentares, produtos naturais, ervas e vitaminas? Resposta: com certeza! Afinal, produtos naturais podem comprometer a eficácia de alguns medicamentos; diversas ervas podem causar danos ao organismo; altas doses de vitaminas podem prejudicar o corpo também; e suplementos alimentares dificilmente têm confirmação científica quanto a sua eficácia e segurança. O uso de todos os produtos citados deve ser prescrito por um médico ou profissional de saúde.
Devo perguntar se farei terapias complementares? Resposta: sim, é importante perguntar ao médico qual a terapia complementar ideal para ajudar você no processo e manutenção de cura. Você poderá perguntar ao terapeuta qual a comprovação científica desta terapia para o seu caso, se há efeitos colaterais (e quais são), qual o custo das sessões e por quanto tempo deverá ser feito o tratamento complementar.
O paciente em tratamento com a medicina integrativa deve colaborar com seu processo de cura. Quanto mais informações e boa vontade houver de sua parte, mais sucesso ele terá.