A mesoterapia é uma técnica minimamente invasiva que envolve a injeção de substâncias farmacêuticas e homeopáticas no mesoderma, a camada média da pele. Ela tem sido utilizada para tratar dor, promover a cicatrização e melhorar a aparência da pele. Esta técnica teve suas origens na medicina antiga, mas se desenvolveu ao longo dos séculos 19 e 20 para se tornar uma valiosa modalidade terapêutica moderna.
Este artigo examina em detalhes a história, os mecanismos e as aplicações da mesoterapia. Analisaremos as origens desta técnica, seus fundamentos científicos, como é realizada e sua eficácia clínica.
História e Origens
A mesoterapia tem suas raízes na medicina tradicional chinesa e indiana, onde agulhas superficiais eram utilizadas para provocar efeitos terapêuticos locais. Entretanto, as técnicas modernas de mesoterapia se desenvolveram principalmente a partir do século 19.
Alguns marcos históricos importantes incluem:
- 1847 – O médico alemão Karl Baunscheidt defendia o uso de injeções superficiais para alcançar efeitos farmacológicos locais. Ele projetou um instrumento com várias agulhas para realizar puncturas na pele.
- 1853 – O médico escocês Alexander Wood realizou uma das primeiras injeções intradérmicas de morfina para aliviar dores. Isso deu início ao uso da via hipodérmica.
- 1867 – Experimentos começaram a demonstrar a absorção e os efeitos de medicamentos injetados por via subcutânea.
- Anos 1870 – Médicos utilizaram injeções de água destilada na derme para aliviar dores artríticas durante a Guerra Franco-Prussiana.
- 1894 – O médico italiano Pietro Orlandini propôs o uso de puncturas dérmicas superficiais para tratar certos tipos de dor localizada.
- Início do século XX – Continuação do refinamento e desenvolvimento de técnicas de injeção intradérmica.
- 1958 – O médico francês Michel Pistor cunhou o termo “mesoterapia” para descrever a injeção de substâncias terapêuticas na derme.
- 2004 – O médico italiano Sergio Maggiori sugeriu o termo “terapia intradérmica local” (TIL) para enfatizar os efeitos locais alcançados com doses menores de medicamentos.
Portanto, vemos que a mesoterapia surgiu lentamente a partir de técnicas milenares, ganhando impulso no século 19 e sendo consolidada como uma modalidade distinta no século XX.
As origens multiculturais destacam seu potencial terapêutico baseado em evidências empíricas ao longo do tempo.
Fundamentos e Mecanismos
A mesoterapia baseia-se na premissa de que a injeção de substâncias farmacológicas na derme pode alcançar efeitos terapêuticos locais prolongados, utilizando doses menores do que as requeridas por vias sistêmicas como a oral ou intramuscular. Vários mecanismos contribuem para esses efeitos:
- Absorção retardada – As injeções superficiais na derme permitem uma absorção mais lenta dos fármacos.
- Difusão local – Os medicamentos difundem-se nos tecidos adjacentes ao local da injeção, como músculos e articulações.
- Interações neurais – Ocorre estimulação de fibras nervosas sensoriais periféricas.
- Microtrauma – As injeções provocam um trauma tecidual leve, ativando vias nociceptivas.
- Distensão tecidual – O volume injetado causa distensão física, alterações químicas e estimulação neuronal.
- Controle da dor – Ativação de mecanismos segmentares medulares de controle da dor.
- Glia dérmica – Possível interação com células da glia na derme relacionadas à modulação da dor.
Portanto, acredita-se que os efeitos terapêuticos da mesoterapia derivam de uma combinação de ações farmacológicas locais, estímulos reflexos, distensão tecidual e modulação central da dor. Isso permite utilizar doses menores de medicamentos focadas no alvo, reduzindo reações sistêmicas adversas.
A mesoterapia pode ser utilizada de forma sinérgica com outras terapias para potencializar a ação farmacológica.
Dessa forma, os principais objetivos da abordagem mesoterápica são:
- Prolongar os efeitos locais dos medicamentos.
- Diminuir as doses necessárias.
- Reduzir efeitos colaterais sistêmicos.
- Atuar sinergisticamente com outros tratamentos.
Técnicas e Procedimentos
A mesoterapia envolve o uso de agulhas curtas de 4mm ou 13mm e seringas para realizar injeções superficiais na derme. Alguns aspectos técnicos importantes incluem:
- Profundidade da injeção: 1-1,5mm, inserindo a agulha em um ângulo de 30-45 graus em relação à superfície da pele.
- Considerações individuais: A espessura da derme varia de acordo com a região do corpo, idade e sexo. Isso deve ser levado em conta para uma técnica personalizada.
- Medicamentos utilizados: Anestésicos locais, antiinflamatórios, relaxantes musculares e outros fármacos comprovados podem ser aplicados.
- Monoterapia preferível: O uso de apenas um medicamento por vez é recomendado para reduzir interações e identificar reações alérgicas.
Portanto, a técnica envolve precisão para inserir corretamente as pequenas agulhas na derme, levando em conta variações individuais. A escolha do fármaco também é importante para determinar a ação farmacológica desejada. O procedimento deve ser executado por médicos treinados e em ambiente clínico apropriado.
Aplicações e Eficácia
A mesoterapia tem demonstrado resultados positivos em diversas condições clínicas, principalmente relacionadas à dor musculoesquelética. Alguns resultados baseados em evidências incluem:
- Dor em osteoartrite de joelho e quadril
- Lombalgia aguda e crônica
- Dor cervical e nos ombros
- Lesões desportivas (tendinopatias, tendinites)
- Síndromes dolorosas crônicas (síndrome dolorosa miofascial)
Os principais benefícios desta abordagem são:
- Ação farmacológica localizada com doses menores de medicamentos.
- Boa tolerabilidade com efeitos colaterais mínimos.
- Pode potencializar outros tratamentos como fisioterapia.
- Útil quando medicamentos sistêmicos estão contraindicados.
A injeção intradérmica de fármacos mostra-se uma opção viável e bem tolerada para diversas síndromes dolorosas musculoesqueléticas, permitindo reduzir o uso de medicações sistêmicas. Mais estudos são necessários para estabelecer protocolos padronizados de tratamento.
Segurança e Tolerabilidade
Quando realizada por médicos treinados em ambiente adequado, a mesoterapia é geralmente bem tolerada, com efeitos colaterais leves, incluindo:
- Irritação e dor passageiras no local das injeções.
- Risco de infecções caso as técnicas de assepsia não sejam seguidas.
- Possibilidade de reações alérgicas aos medicamentos injetados.
- Leves hematomas.
Portanto, os riscos podem ser minimizados com técnica asséptica adequada, uso de agulhas e seringas estéreis, ambiente clínico e realização do procedimento apenas por médicos capacitados.
Assim, a mesoterapia apresenta bom perfil de segurança dentro das precauções e técnicas recomendadas. Isso possibilita seu uso em diversas situações onde os benefícios superam os potenciais riscos ou efeitos colaterais. Mais pesquisas ajudarão a estabelecer seus limites terapêuticos com ainda maior precisão e embasamento.
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