Você sabia que a enxaqueca está entre as doenças mais incapacitantes do mundo? No início do ano de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que os sintomas que a enxaqueca causa no cérebro torna a doença bastante debilitante.
Cá entre nós, não é para menos – já que quem sofre da doença na pele sabe o quanto as habilidades normais do dia a dia ficam prejudicadas durante uma crise. Falar, dirigir, realizar as atividades do trabalho são coisas simples, mas que ficam impossíveis durante uma crise de enxaqueca. Mas, afinal de contas, por que uma doença considerada comum e que está presente em mais da metade da população brasileira continua sendo tão severa?
Hoje vamos falar sobre o que a enxaqueca causa no cérebro do paciente e quais são as sequelas que ela pode deixar. Continue acompanhando esse artigo para descobrir uma maneira alternativa de lidar com os sintomas da enxaqueca.
O que é enxaqueca?
Antes de mais nada, você sabe o que é a enxaqueca? Além de uma crise de dor de cabeça intensa, a enxaqueca é uma doença neurológica que acontece em pessoas que têm mais sensibilidade à dor.
Em outras palavras, a doença acontece por alterações nos neurotransmissores que transmitem o sinal de dor para o cérebro. Uma crise de enxaqueca pode durar de 4 a 72 horas e pode provocar sintomas extremamente desconfortáveis além da dor latejante na cabeça.
Sintomas
O principal sintoma que a enxaqueca causa no cérebro é a dor intensa causada pela sensibilidade aumentada do paciente que tem a doença. Essa dor pode ser migratória, começando leve no meio da cabeça e ficando mais intensa ao se espalhar pelo rosto.
No entanto, uma série de outros sintomas também podem estar presentes antes mesmo de começar a doer, como:
Alterações visuais:
alguns pacientes relatam visão embaçada ou com presença de pontinhos ou borrões.
Náuseas e/ou vômito:
algumas pessoas podem ter mal-estar no estômago sem razão aparente.
Alteração no equilíbrio:
algumas pessoas com crises de enxaqueca podem ter tontura e sensação de que os ambientes estão “girando”.
Sensibilidade a cheiro:
existem pessoas que ficam mais sensíveis a cheiros fortes como perfumes, alimentos ou cigarro.
Sensibilidade a luzes:
ambientes iluminados costumam causar ou agravar outros sintomas da enxaqueca, como a dor e a dificuldade visual, por exemplo.
Dificuldade de concentração:
pacientes com enxaqueca podem ter muita dificuldade para se concentrar em tarefas de esforço mental, como ler, trabalhar ou interagir.
Pensamentos acelerados e preocupações em excesso:
hiperatividade cognitiva constante
Problemas de sono:
dificuldade para pegar no sono e descanso não reparador
Causas
As causas da enxaqueca ainda não são um consenso, sendo necessários mais estudos para definir. O que já foi observado é que a doença tem origem no cérebro através de gatilhos que causam os sintomas.
Alguns gatilhos apontados para o surgimento da enxaqueca são:
- Estresse: o estresse tanto emocional, como também o físico podem causar crises de enxaqueca.
- Alimentação: alguns tipos de alimentos ou conservantes artificiais como o glutamato já foram apontados como possível causa de enxaqueca.
- Hormônios: alterações nos hormônios, comum em mulheres no ciclo menstrual ou menopausa, também podem ser causadores de crises.
- Substâncias estimulantes: bebidas como café, álcool e energéticos em geral podem causar enxaqueca.
- Luzes e ruídos: luzes muito intensas ou brilhantes e ambientes barulhentos, com mais do que os decibéis permitidos, também podem desencadear crises.
Falamos de 11 gatilhos para enxaqueca neste artigo!
Além disso, a hereditariedade também é apontada como uma possível causa de enxaqueca e enxaqueca crônica. No entanto, esse é um ponto que carece de mais pesquisas e estudos.
O que a enxaqueca causa no cérebro?
Para entender o que a enxaqueca causa no cérebro, você precisa entender um pouco sobre como a dor é percebida pelo ser humano. Primeiro, a percepção da dor acontece através do neurônio pseudounipolar, ou nociceptor, como também é chamado.
Em seguida, o cérebro humano faz a separação da sensação: ou ela vai para a medula espinal ou ela vai para o tronco encefálico e nervo trigêmeo, que é o caso da enxaqueca.
Depois de “receber a informação”, o nervo trigêmeo envia para o tronco encefálico; em seguida, ela vai para o tálamo, e do tálamo a dor é direcionada para o córtex somestésico. Essa é a chama via trigeminotalamocortical, que é a responsável por levar a informação de dor para o seu cérebro. Enquanto a recepção da dor não passa por esse caminho, a dor ainda não é percebida pelo paciente.
O que a enxaqueca causa no cérebro é que os gatilhos que você conheceu nas causas da enxaqueca ativam neurônios hiperexcitáveis no tronco encefálico, que apresentam uma carga diferente de íons e geram mais “eletricidade” no cérebro, causando a dor. Além disso, também são ativados neurônios hiperexcitáveis no córtex cerebral, o que provoca uma reação em cadeira de super estímulo do nervo trigêmeo e da via trigeminotalamocortical.
É aí que começam os sintomas debilitantes da enxaqueca – como a dor pulsante e migratória – e também a presença de sintomas que envolvem a coordenação, também conhecida como enxaqueca com aura.
Progressão para a cronificação
À medida que as crises de enxaqueca persistem ao longo do tempo, elas podem provocar alterações duradouras na estrutura e funcionamento cerebrais – um processo conhecido como cronificação da enxaqueca. Isto resulta em dor de cabeça praticamente constante e muito mais difícil de controlar.
Portanto, intervir logo no início do curso da doença é crucial para prevenir a progressão da enxaqueca e as consequências negativas associadas.
O que a enxaqueca com aura causa no cérebro?
A enxaqueca com aura é a enxaqueca que contém sintomas de ordem motora, como sintomas visuais, auditivos, equilíbrio e fala. A aura geralmente não dura o mesmo tempo da crise de dor, podendo acontecer antes ou durante a crise.
Também não são todas as pessoas que sofrem de aura durante a crise de enxaqueca. Além disso, nem todas as crises de enxaqueca apresentam aura.
O que é enxaqueca crônica?
A enxaqueca é considerada crônica quando o paciente tem mais de 15 crises de enxaqueca no ano. Essas crises podem ou não ter aura.
Quais sequelas a enxaqueca causa no cérebro?
Mesmo sendo considerada uma doença incapacitante, a enxaqueca de modo geral não pode causar danos permanentes.
No entanto, alguns estudos apontam que a enxaqueca causa pequenas lesões assintomáticas no cérebro, que podem estar associadas a infartos cerebrais e mudanças na massa branca.
Além disso, a enxaqueca causa danos relevantes na qualidade de vida do paciente, sobretudo naqueles que apresentam a doença crônica e/ou com aura. Estudos apontam que pacientes com enxaqueca estão mais propensos a ter doenças psicológicas, como ansiedade, crise de pânico e depressão.
Dessa maneira, mesmo que a enxaqueca não tenha cura, é importante que o paciente procure atendimento médico. O diagnóstico é clínico e o tratamento é focado em identificar os gatilhos e minimizar os sintomas durante uma crise.
Quais reações ocorrem no organismo durante a enxaqueca?
Durante uma enxaqueca, o nervo trigêmeo (nervo craniano V) torna-se ativado. Isso resulta na liberação de neuropeptídeos do nervo trigêmeo, incluindo o peptídeo inibitório vasoativo (VIP), substância P e peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP).
Esses neuropeptídeos causam inflamação neurogênica dolorosa nos vasos meníngeos, levando à desgranulação de mastócitos, extravasamento de proteínas plasmáticas, dilatação vascular e ativação de nociceptores – todos contribuindo para a dor de cabeça da enxaqueca.
Tratamento Farmacológico
O tratamento farmacológico agudo das enxaquecas usando ergotamínicos e triptanos atua para diminuir ou inibir a liberação de neuropeptídeos do nervo trigêmeo. Isso diminui a inflamação, dilatação vascular cerebral e dor causadas pelos neuropeptídeos.
Os ergotamínicos e triptanos causam essa diminuição na liberação de neuropeptídeos ao ativar receptores pré-sinápticos auto-reguladores quando esses receptores são estimulados, a liberação de neuropeptídeos é inibida. Isso, por sua vez, diminui o espasmo vascular cerebral.
Os ergotamínicos também ativam receptores alfa-1 nos vasos cerebrais, causando vasoconstrição adicional. Exemplos incluem di-hidroergotamina e ergotamina.
Já os triptanos são agonistas dos receptores 5-HT1B e 5-HT1D, levando a menos liberação de neuropeptídeos e vasoconstrição. Exemplos incluem sumatriptano, zolmitriptano, rizatriptano, entre outros. Geralmente são administrados por via oral, nasal ou subcutânea.
Uma nova classe de medicamentos para enxaqueca são os antagonistas do CGRP, que antagonizam os receptores CGRP ou se ligam ao ligante CGRP, bloqueando seus efeitos. Exemplos incluem erenumabe, galcanezumabe e eptinezumabe.
Tratamento alternativo para enxaqueca
Além dos remédios tradicionais, a medicina alternativa tem sido um tratamento importante para a enxaqueca. Estudos mostram que a acupuntura tem sido uma terapia eficaz para reduzir os gatilhos da enxaqueca, por exemplo, porque ela relaxa e alivia sintomas de stress, que costuma ser um dos causadores mais comuns da doença.
Sendo assim, se você sofre com essa doença e cansou da sensação debilitante que a enxaqueca causa no cérebro, na clínica Hong nós temos os melhores especialistas em acupuntura, formados no país de origem da prática!
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