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Adesivos para aliviar a dor viram mania entre os atletas do Pan

Giovanna Borielo, do R7*

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Ao assistir o Pan Lima 2019, é possível observar que alguns atletas usam adesivos coloridos na pele. São os emplastros, medicações transdérmicas para aliviar a dor.

De acordo com o fisiatra Marcus Yu Bin Pai, médico do grupo da Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), as fitas colantes ajudam os esportistas a lidarem com dores e inflamações durante as competições.

“Os emplastros têm componentes anti-inflamatórios e analgésicos, ajudando a melhorar as lesões. Alguns ainda produzem calor, aumentando a vasodilatação e, consequentemente, a circulação sanguínea, e relaxando os músculos. Além da função do remédio, quem usa os emplastros, geralmente, relata perceber melhor os movimentos e os limites do corpo”, explica o médico.

O fisiatra afirma que os atletas podem usar os adesivos durante a prática esportiva, mas o recomendado seria a sua utilização em repouso, após o jogo. “Nessa hora ele recebe a massagem, faz tratamento com crioterapia [gelo] e coloca o emplastro enquanto relaxa, para ajudar no efeito analgésico. A recuperação muscular é importante, mas como atletas de alta performance muitas vezes emendam jogos, eles recorrem a esse método”, alega.

Segundo o especialista, embora o uso dos adesivos ajude a lidar com as dores musculares, o efeito é superficial, especialmente em atletas, que costumam ter lesões mais profundas. Quando a dor é proveniente de ligamentos ou de tendões, que são tecidos mais profundos, o efeito já não é tão expressivo. Assim, os emplastros não seriam a solução, mas sim parte do tratamento entre jogos e treinos. 

O efeito dos emplastros pode ter duração de até 12 horas e pode ser usado tanto em lesões musculares agudas, como nas crônicas, desde que elas não sejam graves. Os emplastros não têm contraindicação, podendo ser usados também por não-atletas e até mesmo como um método paliativo para dores entre idosos, conforme afirma o médico.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini