Além de serem usadas para oferecer “curas espirituais”, as mãos também são responsáveis pelo tratamento medicinal em que elas próprias são o instrumento para restabelecer a saúde do paciente.
Apenas para citar os cristãos, as mãos teriam recebido seu poder curativo do próprio filho de Deus. Antes de subir ao céu, Jesus teria concedido o direito àqueles que nele cressem de curar os enfermos -prática conhecida como unção- com as próprias mãos.
Parecido com a bênção religiosa transformada em remédio para os males humanos, o reiki tem origem tão antiga quanto -mais de 2.500 anos. A técnica usa a impostação das mãos para transmitir energia do terapeuta ao paciente. A prática, segundo seus estudiosos, fortalece o corpo, desintoxica-o e equilibra os chacras (centros de energia) do organismo de quem recebe a energia.
As mãos também assumiram o papel de instrumento de cura, e as várias modalidades de massagem são o melhor exemplo. O shiatsu utiliza a pressão realizada com os dedos ou com a palma da mão nos mesmos pontos -espalhados pelo corpo do paciente- usados pela acupuntura, explica a massoterapeuta e acupunturista Luci Tsuda, da Escola Oriental de Massagem e Acupuntura.
A mão também é a protagonista nas técnicas anma (massagem de deslizamento, de pressão e de amassamento nos músculos), reflexologia (massagem em pontos dos pés que representam o organismo), shantala (manobras suaves realizadas no corpo do bebê) e do-in (pressão feita com os dedos sobre os pontos usados pela acupuntura), entre tantas outras.
Todas essas versões da massoterapia, segundo Tsuda, visam ao mesmo objetivo: restabelecer o equilíbrio do corpo -seja físico ou mental-, tratar dores musculares e de cabeça a ajudar a melhorar a circulação sangüínea.
[su_quote style=”flat-blue”]O médico acupunturista Hong Jin Pai, chefe do Centro de Dor do Hospital das Clínicas (SP), aponta as mãos como um dos centros de pontos de acupuntura, que podem ser utilizados para tratar diversos tipos de doença. “É preciso lembrar que os pontos não funcionam isoladamente, sempre estão associados a outros no corpo”, diz. [/su_quote]
(ANA PAULA DE OLIVEIRA)