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Síndrome do Desfiladeiro Torácico – O que é? Causas, Sintomas e Tratamentos

A síndrome do desfiladeiro torácico é composta por diferentes entidades clínicas que resultam do acometimento do complexo vascular ou de algum feixe nervoso na região entre o pescoço e a axila[1]Huang JH, Zager EL. Thoracic outlet syndrome. Neurosurgery. 2004 Oct 1;55(4):897-903. Disponível em: … Continue reading

O desfiladeiro torácico seria esse espaço, entre o pescoço e o tórax, por onde atravessam vasos sanguíneos e nervos para o braço. 

Como se trata de uma região muito preenchida, vez ou outra alguma dessas estruturas aparecem comprimidas por uma costela, pela clavícula ou mesmo por um músculo contíguo. Dificilmente é possível identificar a causa exata da compressão. 

Esta síndrome foi descrita clinicamente por Sir Astley Coole ainda em 1821, no entanto, só foi batizada mais de um século depois, em 1956, por Peet e seus colaboradores

Sua prevalência é limitada e a doença atinge mais mulheres, em uma proporção de 3 para 1, além disso, é mais comum entre os 20 e os 50 anos de idade.

Devido à suas variadas formas, pode ser de difícil diagnóstico, apresentando um rico diagnóstico diferencial[2]Freischlag J, Orion K. Understanding thoracic outlet syndrome. Scientifica. 2014 Jul 20;2014. Disponível em: https://www.hindawi.com/journals/scientifica/2014/248163/abs/.

Geralmente são necessários testes complementares ao exame clínico. Contudo, não há nenhum exame padrão outro para o distúrbio. 

Definição

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A síndrome do desfiladeiro torácico acontece quando algum dos nervos ou vasos sanguíneos que passam entre a clavícula e a primeira costela são comprimidos, o que causa dor, fraqueza e formigamento.

O problema é comum em pessoas que sofreram acidentes de trânsito ou lesões repetitivas no tórax.

Também pode se desenvolver em grávidas, vindo a desaparecer naturalmente após o parto. 

Na verdade, diferentes causas podem levar ao mesmo quadro, sendo este formado ainda por uma somatória de variados sintomas.

Dentre as condições que fazem parte deste conjunto, poderíamos citar a síndrome do túnel do carpo, talvez a mais comum do grupo. 

Os locais mais afetados são: 

  • Triangulo intercostoescalênico: região entre os músculos escalenos a costela
  • Espaço costoclavicular: região entre a clavícula e a costela 
  • Espaço retocoracopeitoral: entre o músculo peitoral e a clavícula

Sintomas da síndrome do desfiladeiro torácico

A síndrome do desfiladeiro torácico pode ter sintomas nervosos, vasculares ou uma combinação de ambos. 

Inicialmente se pensava que suas manifestações fossem exclusivamente arteriais e venosas. Com o tempo, ao estudar mais a fundo a condição, descobriu-se que os sintomas neurológicos não só existiam como eram muito mais comuns, constituindo a grande maioria dos casos. 

Nem sempre a alteração das pulsões arteriais em manobras que simulam a compressão são indicativos que necessariamente deve haver lesão arterial estabelecia. 

Além de raras, as complicações vasculares são também potencialmente mais graves se comparadas as alterações nervosas, podendo levar a sequelas significativas.

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Sintomas nervosos

No que diz respeito a seus sintomas neurológicos, a condição pode acometer a sensibilidade, a motricidade e o trofismo. Além disso, a dor surge em intensidades variáveis e pode vir acompanhada de fraqueza e parestesia nas mãos e nos dedos. 

Em pacientes mais graves a alteração de motricidade pode levar a incapacitação e os distúrbios tróficos a atrofias. 

O tipo neurogênico prevalece em 95% dos casos e pode ser divido em dois. 

  • Síndrome do desfiladeiro torácico verdadeira: é mais rara, geralmente associada a deformidades ósseas.
  • Síndrome do desfiladeiro torácico atípica: é responsável por mais de 90% dos casos, é bilateral e possui causa controversa, já que não há sinal específico de compressão. 

Sintomas vasculares

As alterações arteriais e venosas estão presentes em 5% dos casos. 

Dentre os sintomas arteriais, podemos citar isquemia, dor, palidez, cianosa, eritrocianose, parestesia, úlceras, gangrenas e redução da temperatura corporal. 

Quando ocorre compressão venosa, os sinais envolvem sensação de peso, dor, ingurgitamento da extremidade superior, aumento da temperatura, edema e cianose. 

Mais uma vez temos a subclassificação da doença em dois tipos. 

Síndrome do desfiladeiro torácico arterial: representa cerca de 3% dos casos, geralmente é bilateral e relacionada a deformidades ósseas. 

Síndrome do desfiladeiro torácico venosa: ocorre em apenas 2% dos casos, também conhecida como trombose venosa de esforço.

Em suma, os sintomas da condição são: 

  • Dor no braço, ombro e pescoço
  • Formigamento ou queimação no braço, mão e dedos
  • Dificuldade para movimentar os braços
  • Fraqueza
  • Mãos e dedos arroxeados 
  • Dor na lateral da cabeça e na região da nuca
  • Dor na região supraclavicular que piora ao abrir os braços
  • Sensação de peso
  • Alterações na temperatura da pele
  • Edema

Causas

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Em muitos casos não é possível identificar com certeza qual é a causa específica no problema. Por se tratar de uma área rica em estruturas, muitos fatores podem acabar levando a compressão.

Ossos, músculos, artérias, veias e nervos compõem a região, que é uma área de transição entre tronco e o membro superior.  

As causas da Síndrome do Desfiladeiro Torácico podem ser amplamente categorizadas em estruturais (anatômicas), posturais, traumáticas, e vasculares:

Causas Estruturais:

  • Costela Cervical: Uma costela cervical é uma costela extra que se desenvolve acima da primeira costela. Ocorre em aproximadamente 0,2-0,5% da população. A presença de uma costela cervical pode causar compressão no plexo braquial (rede de nervos) e nos vasos subclávios, levando aos sintomas da TOS.
  • Anormalidades da Primeira Costela: Anormalidades na forma ou posição da primeira costela podem ser congênitas, ou adquiridas. Exemplos incluem uma primeira costela aumentada, rudimentar ou de forma anormal. Essas anormalidades podem causar compressão nas estruturas neurovasculares na região do desfiladeiro torácico.
  • Desenvolvimento Muscular Anormal: Desenvolvimento muscular anômalo ou variações nos pontos de fixação muscular, como um músculo escaleno hipertrofiado ou bandas fibrosas, podem comprimir o plexo braquial ou os vasos subclávios, resultando em desfiladeiro torácico.

 

Causas Posturais:

  • Má Postura: Postura inadequada prolongada, como cabeça projetada para a frente, ombros arredondados e posição encurvada, pode levar a desequilíbrios musculares e aumento da pressão no desfiladeiro torácico. Isso pode resultar em sintomas da síndrome do desfiladeiro torácico.
  • Movimentos Repetitivos: Atividades repetitivas com braços levantados, levantamento de peso pesado ou atividades que requerem uso prolongado dos braços e ombros podem causar lesões por uso excessivo e desequilíbrios musculares. Esses desequilíbrios podem contribuir para a TOS comprimindo as estruturas neurovasculares no desfiladeiro torácico.

 

Causas Traumáticas:

  • Lesão por Chicoteamento (Whiplash): Lesões por chicoteamento, comumente associadas a acidentes de carro, envolvem uma força de aceleração-desaceleração súbita aplicada no pescoço. Essa força pode causar danos aos ligamentos, músculos e nervos no desfiladeiro torácico, levando aos sintomas da TOS.
  • Trauma ou Lesão: Trauma direto ou lesão no ombro ou pescoço, como fraturas, deslocamentos ou lesões de tecidos moles, podem resultar em TOS. Essas lesões podem levar à compressão do plexo braquial ou dos vasos subclávios.

 

Causas de Tecido Mole:

  • Tensão ou Espasmo Muscular: Tensão ou espasmos musculares no escaleno, peitoral menor ou outros músculos na região do desfiladeiro torácico podem comprimir as estruturas neurovasculares. Essa compressão pode ocorrer devido à hipertonicidade muscular, pontos-gatilho ou restrições miofasciais.
  • Massas de Tecido Mole: Massas de tecido mole, como tumores, cistos ou bandas fibrosas, podem se desenvolver na região do desfiladeiro torácico. Essas massas podem exercer pressão sobre o plexo braquial ou vasos subclávios, causando o desfiladeiro torácico.

 

Causas Vasculares:

  • Compressão Arterial: A compressão arterial na TOS pode ocorrer devido a variações anatômicas, como uma banda fibrosa ou desenvolvimento muscular anormal. A compressão da artéria subclávia pode levar à redução do fluxo sanguíneo para o braço, resultando em sintomas.
  • Compressão Venosa: A compressão venosa na TOS pode ser causada por variações anatômicas, anormalidades musculares ou a presença de coágulos sanguíneos. A compressão da veia subclávia pode resultar em retorno sanguíneo prejudicado do braço, levando aos sintomas da síndrome desfiladeiro torácico.
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Deve ser feita uma inspeção detalhada do biotipo, da simetria e do desenvolvimento da musculatura do indivíduo.

Diagnóstico

Durante a consulta o médico irá estudar a história e as condições clínicas do paciente, além de realizar um exame clínico cauteloso, o que é essencial ao diagnóstico. 

Para começar, será feita inspeção detalhada do biotipo, da simetria e do desenvolvimento da musculatura do indivíduo. Em casos de suspeita da síndrome do desfiladeiro torácico, o médico fará ainda a inspeção do nível horizontal dos ombros e verificará possíveis abaulamentos supra ou infraclaviculares. 

O exame físico conta também com a palpação da consistência, da sensibilidade, da motilidade e da pulsatilidade da região acometida. 

Antes de passar para os testes mais específicos, o especialista deve analisar possíveis sinais de isquemia, diminuição ou ausência de pulsos periféricos permanentes e a presença de alterações tróficas. 

Em casos de oclusão venosa ocorre desaparecimento do pulso após manobras, o que ajuda a descartar outras patologias. 

Com o auxílio de um estetoscópio colocado sobre a clavícula, o médico ausculta ruídos que possam indicar fluxos sanguíneos anômalos, o que indicaria a compressão arterial. 

Testes

Os testes são muito usados no diagnóstico da síndrome do desfiladeiro torácico. O objetivo é tentar estreitar o canal, reproduzindo sinais e sintomas de uma compressão neurovascular. 

 

Teste de Adson

Para realização do teste de Adson o paciente é posicionado em pé ou sentado à frente do examinador. O médico então fará a palpação do pulso radial do paciente, realizando o exame em etapas. 

Inicialmente é indicada uma abdução de 30° e hiperextensão do membro. Nesta posição, mais uma vez é feita a aferição do pulso. Quando reduzido, pode ser indicativo de músculo peitoral encurtado. 

Após isso, pede-se ao paciente para realizar uma inspiração forçada, girando a cabeça para o lado em que esta sendo testado. Se o pulso aparecer diminuído, suspeita-se de encurtamento ou hipertrofia dos músculos escalenos. 

Além da redução do pulso, podem surgir outros sintomas como aumento da sensação de formigamento e fraqueza em todo o membro estudado. 

 

Teste de Roos

Para passar pelo teste de Roos o indivíduo deve se posicionar de pé, com braços abduzidos a 90° e cotovelo fletido também a 90°.

O profissional irá instruir ao paciente que realize rapidamente o movimento de abrir e fechar os dedos por cerca de 30 segundos. 

Em caso de síndrome do desfiladeiro torácico, o paciente começa o movimento, mas não consegue mantê-lo por muito tempo. Além disso, será possível notar uma queda do membro ao executar a ação. 

Tais sintomas sinalizam para possíveis compressões do feixe neurovascular.  

 

Teste de hiperabdução

No teste de hiperabdução o paciente pode estar sentado ou em pé, sempre de costas para o examinador. Seus braços devem estar abduzidos a cerca de 30°. 

O médico apalpará ambos os pulsos radiais do paciente, levando seus braços até abdução máxima. 

Quando há distúrbio, ocorrem alterações do pulso, geralmente por contratura do músculo peitoral menor ou devido à presença de costela cervical. 

 

Teste de Halsted

Durante o teste de Halsted o paciente é posicionado em pé, com o cotovelo em flexão a 90° e antebraço em supinação. 

O examinador irá avaliar as variações do pulso radial enquanto o paciente realiza extensão e rotação cervical para o lado oposto ao membro estudado. Concomitantemente o profissional deverá associar uma leve tração sobre o braço.

Se o movimento levar a redução do pulso do paciente, deve haver suspeita de uma possível contratura ou espasmo dos músculos escalenos.

Exames Complementares

Apesar do diagnóstico ser essencialmente clínico, alguma complementação pode ser necessária a investigação. 

Diante disso, o estudo radiológico é muito útil[3]Demondion X, Herbinet P, Van Sint Jan S, Boutry N, Chantelot C, Cotten A. Imaging assessment of thoracic outlet syndrome. Radiographics. 2006 Nov;26(6):1735-50. Disponível em: … Continue reading

Radiografias simples de diferentes posições da cintura escapular, da coluna cervical e do tórax são importantes, especialmente para identificação de possíveis anormalidades ósseas. 

A tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a mielografia podem ser indicadas para um estudo mais detalhado do caso. Tais exames ajudam a excluir compressões por hérnia de disco cervical, osteófitos, estenose espinhal, neoplasias e espondilólise. 

Além disso, é possível uma observação aprofundada de possíveis lesões nervosas ou vasculares.

Em alguns casos pode ser prescrita a ultra-sonografia com Doppler, teste muito útil no estudo de alterações arteriais ou venosas. 

Para os mesmos fins, podem ser requeridas ainda a arteriografia e a venografia, capazes de mostrar estenoses vasculares. Se há suspeita de aneurisma, dilatação pós estenótica ou embolização distal, tais exames tornam-se indispensáveis. 

A eletromiografia também faz parte da lista de exames complementares na suspeita de síndrome do desfiladeiro torácico. O teste mede a função motora, a velocidade de condução nervosa do nervo ulnar e pode verificar estímulos lentos em um segmento nervoso. 

Geralmente não são necessários tantos exames. No entanto, cabe ao médico prescrever aqueles que achar mais adequado ao caso em questão. 

Por apresentar causas e sintomas bastante variados, o diagnóstico da síndrome acaba se tornando complexo. Por isso, pode ser importante lançar mão de alguns dos diversos recursos diagnósticos apresentados. 

Ressonância Magnética (RM)

A RM oferece imagens detalhadas das estruturas de tecido mole, incluindo músculos, nervos e vasos sanguíneos. Pode identificar compressões ou alterações no plexo braquial, bem como quaisquer bandas musculares ou fibrosas anômalas que contribuam para a compressão. As imagens de alta resolução obtidas pela RM são importantes para visualizar a anatomia complexa do desfiladeiro torácico.

Angiografia

Este teste diagnóstico envolve a injeção de um agente de contraste nos vasos sanguíneos e a realização de imagens de raios-X para visualizar o fluxo sanguíneo e detectar qualquer compressão vascular ou anomalias. Na Síndrome do Desfiladeiro Torácico, a angiografia é particularmente útil para identificar compressões arteriais ou outras anormalidades vasculares dentro do canal cervicoaxilar.

Angiotomografia Computadorizada

Combina o uso de tomografia computadorizada com um material de contraste injetado para fornecer imagens detalhadas dos vasos sanguíneos e tecidos. É útil na Síndrome do Desfiladeiro Torácico para visualizar a relação entre as estruturas vasculares e os tecidos circundantes, e para detectar compressões ou estreitamento dos vasos. A manobra de hiperabdução do braço durante o exame pode ajudar a replicar os sintomas do paciente e identificar o local da compressão.

Estudos Eletrofisiológicos

Estes incluem eletromiografia (EMG) e estudos de condução nervosa, que avaliam a atividade elétrica dos músculos e a velocidade dos sinais nervosos. Na Síndrome do Desfiladeiro Torácico, esses testes ajudam a descartar outras síndromes de compressão nervosa e confirmar o envolvimento do plexo braquial.

Ultrassonografia Duplex Scan

A ultrassonografia duplex combina a ultrassonografia tradicional e a tecnologia Doppler para avaliar o fluxo sanguíneo, além de fornecer imagens dos vasos sanguíneos. No contexto da Síndrome do Desfiladeiro Torácico, a varredura duplex avalia os vasos subclávios quanto a sinais de compressão ou mudanças significativas na velocidade do fluxo sanguíneo, o que pode indicar envolvimento vascular na síndrome.

O diagnóstico é frequentemente um processo de exclusão, já que muitas outras condições podem apresentar sintomas similares. Portanto, uma combinação da história do paciente, exame físico e os resultados destes exames complementares são utilizados para fazer um diagnóstico definitivo.

Tratamento

síndrome do desfiladeiro torácico

O tratamento conservador é sempre a primeira opção. É recomendada ao paciente algumas mudanças de estilo de vida, combinadas ao uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides que podem vir a ajudar no alívio dos sintomas e da inflamação[4]Lindgren KA. Conservative treatment of thoracic outlet syndrome: a 2-year follow-up. Archives of physical medicine and rehabilitation. 1997 Apr 1;78(4):373-8. Disponível em: … Continue reading

O uso de compressas quentes e  relaxantes musculares, o controle do peso e repouso também podem ajudar.

Geralmente essas medidas são suficientes para que aja redução da pressão biomecânica presente, melhorando a mobilidade e controlando os desconfortos[5]Povlsen B, Hansson T, Povlsen SD. Treatment for thoracic outlet syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2014(11). Disponível em: … Continue reading.

Se após 6 meses os métodos mais convencionais não produzirem melhora, a cirurgia é indicada. O tratamento cirúrgico também é a opção para pacientes que sofrem com anomalias ósseas ou complicações vasculares. 

 

 

Tratamento fisioterápico

A fisioterapia faz parte das alternativas mais conservadoras de tratamento e é indicada na grande maioria dos casos. A terapia tem como finalidade a diminuição dos sintomas e o retorno precoce às atividades normais do dia a dia. 

Veja seus objetivos principais.  

  • Alivio dos sintomas 
  • Relaxamento das tensões e contraturas musculares
  • Diminuição da inflamação
  • Melhora da postura
  • Aumento de força muscular
  • Melhora das amplitudes de movimentos
  • Normalização da circulação
  • Reequilíbrio da musculatura que envolve a cintura escapular

Para tais fins, costuma ser utilizada uma combinação de recursos fisioterápicos, o que inclui exercícios ativos, alongamentos, atividades resistidas, técnicas manuais e técnica fascial direta, como o enquadramento da escápula, por exemplo.

Fisioterapia para Síndrome do Desfiladeiro Torácico

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Técnicas de Terapia Manual:

  • Mobilização de Tecidos Moles: Esta técnica envolve a aplicação de pressão manual e movimento nos tecidos moles ao redor do desfiladeiro torácico, incluindo músculos, tendões e ligamentos. A mobilização de tecidos moles pode ajudar a melhorar a flexibilidade dos tecidos, reduzir a tensão muscular e aliviar a compressão nas estruturas neurovasculares.
  • Mobilização Articular: As técnicas de mobilização articular visam restaurar a mecânica normal das articulações e a mobilidade na coluna torácica, ombro e costelas superiores. Essas técnicas envolvem a aplicação de forças graduadas para melhorar o alinhamento articular, aumentar a amplitude de movimento e reduzir a dor associada à Síndrome do Desfiladeiro Torácico.
  • Liberção Miofascial: As técnicas de liberação miofascial visam o sistema fascial, buscando liberar restrições e melhorar a mobilidade dos tecidos. Isso pode ser alcançado através de pressão sustentada, alongamento suave ou técnicas manuais específicas direcionadas às áreas afetadas do desfiladeiro torácico.

 

Exercícios Terapêuticos:

  • Exercícios de Fortalecimento: Exercícios específicos podem ser prescritos para fortalecer os músculos ao redor do desfiladeiro torácico. Isso pode incluir fortalecer os estabilizadores escapulares, músculos do manguito rotador e os músculos responsáveis pela manutenção do alinhamento postural correto. Exercícios de fortalecimento ajudam a melhorar o equilíbrio muscular, a estabilidade e a reduzir a tensão excessiva nas estruturas neurovasculares.
  • Exercícios de Alongamento: Exercícios de alongamento visam melhorar a flexibilidade e mobilidade muscular no pescoço, peito, ombro e parte superior das costas. Isso pode ajudar a aliviar a tensão muscular e reduzir a compressão nas estruturas do desfiladeiro torácico. O alongamento deve ser realizado com técnica adequada para evitar estresse excessivo na área afetada.
  • Reeducação Postural: Corrigir desequilíbrios posturais e promover o alinhamento adequado é crucial no manejo da Síndrome do Desfiladeiro Torácico. Fisioterapeutas podem fornecer educação e exercícios para melhorar a postura, incluindo o posicionamento adequado da cabeça, pescoço, ombros e coluna. A reeducação postural ajuda a reduzir a tensão no desfiladeiro torácico e minimizar os sintomas associados.

 

Modalidades:

  • Terapia com Calor: A aplicação de calor, como compressas de calor úmido ou toalhas quentes, pode ajudar a relaxar os músculos, melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir a dor. A terapia com calor pode ser usada como uma medida preparatória antes do alongamento ou de outros exercícios terapêuticos para Síndrome do Desfiladeiro Torácico.
  • Terapia com Frio: Compressas frias ou massagem com gelo podem ser aplicadas na área afetada para reduzir a dor, inflamação e inchaço associados à Síndrome do Desfiladeiro Torácico. A terapia com frio é frequentemente usada após exercícios ou técnicas de terapia manual para aliviar o desconforto e promover a cicatrização dos tecidos.
  • Estimulação Elétrica: A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) ou a estimulação elétrica neuromuscular (NMES) podem ser usadas para modular a percepção da dor, reduzir espasmos musculares e promover a reeducação muscular. Essas modalidades de estimulação elétrica podem ser aplicadas diretamente nos músculos ou nervos afetados na região do desfiladeiro tor ácico.
Na ausência de efetividade via tratamentos mais conservadores, a cirurgia deve entrar em cena.

Tratamento cirúrgico

O tratamento, apesar de invasivo, reduz e controla o risco de complicações vasculares e nervosas que poderiam advir da progressão da síndrome, aliviando os sintomas e evitando incapacitações. 

As técnicas cirúrgicas visam a descompressão de pontos anatômicos específicos e podem envolver a ressecção dos músculos escalenos anterior, da costela cervical, da primeira costela, da clavícula e das bridas fibrosas, estruturas possivelmente responsáveis pelo problema.

A recuperação pode ser demorada, podendo levar de 6 a 24 meses dependendo do caso. A melhora é progressiva e os riscos de adversidades baixos. 

Para esses pacientes são recomendadas algumas mudanças de estilo de vida, como troca de profissão ou de função e alterações na rotina diária.

Apesar dos desafios, o tratamento produz ótimos resultados. A cirurgia melhora significativamente os sintomas, além de promover retorno de habilidades antes prejudicadas pelo distúrbio. 

Em geral, as melhoras são gradativas e variam muito de pessoa para pessoa, cerca de 95% dos pacientes demonstram resultados positivos significativos.

Exercícios para fazer em casa

Exercícios que podem ser benéficos incluem:

Exercício 1: Rotação dos ombros com banda elástica

Este exercício fortalece os músculos da região escapular. Mantenha os braços ao lado do corpo, puxe os omoplatas para trás e, em seguida, rodeie os braços para fora o máximo que puder. Retorne à posição inicial. Mantenha a banda elástica sob tensão durante todo o movimento.

Exercício 2: Exercícios isométricos para o pescoço

Esses exercícios ativam os músculos do pescoço. Comece fazendo um queixo duplo, puxando o queixo para baixo e para trás. Em seguida, aplique uma leve carga com as mãos na frente e nos lados da cabeça, empurrando contra a resistência. Segure cada posição por 5 segundos.

Exercício 3: Alongamento do peitoral menor

Posicione o ombro contra o batente da porta, aproxime as escápulas e gire o corpo para alongar o peitoral menor.Você deve sentir um alongamento profundo no peito.

Exercício 4: Rolo de espuma para as costas médias

Deite de costas com um rolo de espuma sob a região média das costas. Engaje o core, estenda os braços sobre a cabeça, depois para baixo em direção ao chão, voltando à posição inicial.

Exercício 5: Flexão com retração escapular

Em posição de prancha alta, afaste os omoplatas um do outro, depois aproxime-os novamente ao subir e descer. Mantenha os cotovelos estendidos e foque apenas no movimento escapular.

Exercício 6: Deslizamento neural

Sentado, incline o pescoço em direção ao braço enquanto flexiona o cotovelo. Em seguida, estenda o cotovelo enquanto afasta o pescoço do braço. Isso melhora a mobilidade do nervo.

Exercício 7: Mobilização do primeiro grau

Use uma toalha para aplicar pressão controlada na região do trapézio. Isso melhora a mobilidade dos tecidos moles locais.

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AL. JAÚ 687 – JARDIM PAULISTA – SÃO PAULO – SP

Clínica de Dor, Fisiatria e Acupuntura Médica

Clínica médica especializada localizada na região dos Jardins, próximo à Av. Paulista, em São Paulo — SP.

Centro de Dor, com médicos especialistas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento por Ondas de Choque, Infiltrações, Bloqueios anestésicos e Acupuntura Médica

Dor tem Tratamento – Centro de Dor e Acupuntura Médica em São Paulo – SP

TRATAMENTO DE DOR FISIOTERAPIA CLINICA HONG JIN PAI

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Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas
1 Huang JH, Zager EL. Thoracic outlet syndrome. Neurosurgery. 2004 Oct 1;55(4):897-903. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Jason_Huang60/publication/8256149_Thoracic_Outlet_Syndrome/links/5c6691a8a6fdccb608c4342f/Thoracic-Outlet-Syndrome.pdf
2 Freischlag J, Orion K. Understanding thoracic outlet syndrome. Scientifica. 2014 Jul 20;2014. Disponível em: https://www.hindawi.com/journals/scientifica/2014/248163/abs/
3 Demondion X, Herbinet P, Van Sint Jan S, Boutry N, Chantelot C, Cotten A. Imaging assessment of thoracic outlet syndrome. Radiographics. 2006 Nov;26(6):1735-50. Disponível em: https://pubs.rsna.org/doi/full/10.1148/rg.266055079
4 Lindgren KA. Conservative treatment of thoracic outlet syndrome: a 2-year follow-up. Archives of physical medicine and rehabilitation. 1997 Apr 1;78(4):373-8. Disponível em: https://www.archives-pmr.org/article/S0003-9993(97)90228-8/pdf
5 Povlsen B, Hansson T, Povlsen SD. Treatment for thoracic outlet syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2014(11). Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007218.pub3/full

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM-SP: 158074 / RQE: 65523 - 65524 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Área de Atuação em Dor pela AMB. Doutorado em Ciências pela USP. Pesquisador e Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP. Diretor de Marketing do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo (CMAeSP). Integrante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Secretário do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Presidente do Comitê de Acupuntura da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual (SBRET). Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Dor da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Conselho Revisor - Medicina Física e Reabilitação da Journal of the Brazilian Medical Association (AMB).  

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  • Quais os especialistas médicos devem ser procurados? Existe um especialista específico? Meu marido foi diagnosticado antes da pandemia e não teve oportunidade de iniciar a fisioterapia recomendada por um vascular, e agora a covid desencadeou uma crise. Ele está em isolamento sem saber o que fazer, sem mobilidade nas duas mãos.

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